Um duplo homicídio ligado ao tráfico drogas. Esse é o motivo apontado pela Polícia Civil para o assassinato de Jardel Alves Madeira, de 35 anos, e Sandra Pompermayer de Araújo, de 38, que aconteceu em 29 de dezembro de 2013, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Suspeitos do crime, Eduardo Francis de Souza Cunha, de 23, Bruno Feitosa Coleta, de 20, foram apresentados nesta quarta-feira, na capital. Daniel Caldeira do Santos Cruz, de 25, que é militar do Corpo de Bombeiros, está preso em um batalhão da corporação em BH, enquanto Felipe de Oliveira Souza, de 22, está foragido.
De acordo com as investigações, Jardel Madeira era traficante e vendia maconha na casa onde morava com Sandra, no Bairro Xangrilá, em Contagem. Madeira, que é natural do Mato Grosso, também fornecia LSD para eventos particulares.
A polícia descobriu que Eduardo Cunha era um dos clientes de Madeira e tinha uma dívida com ele de R$ 500. Por isso, Cunha decidiu assassiná-lo.
O suspeito atraiu o traficante até uma casa no Bairro Cachoeirinha, Região Nordeste de BH, e, com a ajuda de seus comparsas, rendeu o homem. Em seguida, Madeira foi colocado em um carro e seguiu junto com os suspeitos para a residência onde morava no Bairro Xangrilá, em Contagem. Sandra já estava nesse imóvel.
Durante o trajeto, o grupo disse a Madeira que o mataria. Ao chegarem à casa, levaram a vítima para um quarto nos fundos do imóvel. No local, o militar e Eduardo tentaram estrangular Madeira com um cinto. Sem conseguir executar a ação, a dupla utilizou um cabo de TV para o enforcar a vítima.
As investigações relevaram ainda que Jardel foi imobilizado por Felipe antes de morrer, enquanto Bruno ficou responsável por vigiar Sandra.
Depois de matar o desafeto, o grupo resolveu assassinar Sandra e jogou os corpos das vítimas no carro do casal. Jardel e Sandra foram encontrados às margens da MGT-262, entre Sabará e Caeté, em 8 janeiro.
Com o celular de Madeira, a polícia começou a monitorar algumas ligações telefônicas entre a vítima e Eduardo. Após localizar o suspeito, os investigadores descobriram as identidades dos demais integrantes do grupo. Eduardo, Bruno e Daniel foram presos na última segunda-feira. Os suspeitos do crime são amigos de infância e estudaram juntos.
Com informações de Andréa Silva, do jornal Aqui