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Estado de Minas

Apenas vidros serão separados nos pontos de coleta seletiva do lixo em BH

Por causa do mau hábito de moradores de misturar resíduos nos pontos de entrega, a SLU vai mudar sistema. Dos quatro contêineres, só ficarão dois, um deles para papel, plástico e metal


postado em 26/11/2014 06:00 / atualizado em 26/11/2014 06:48

Recipientes não são usados adequadamente, segundo a SLU, e dois deles vão desaparecer das ruas de BH(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Recipientes não são usados adequadamente, segundo a SLU, e dois deles vão desaparecer das ruas de BH (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)

A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) está concluindo estudos sobre a ampliação do sistema de coleta seletiva e reciclagem do lixo em Belo Horizonte. Os resultados serão apresentados no ano que vem, mas, por enquanto, já está definido que os locais de entrega voluntária (LEVs), espalhados por 87 endereços da cidade, passarão por modificações. A divisão atual entre plástico, papel, metal e vidro dará lugar a um contêiner único para três desses materiais, porque a maioria da população já deposita sem a divisão. A destinação separada será mantida apenas para o vidro, por questões de segurança. Segundo o superintendente da SLU, Vítor Valverde, há a possibilidade de ser instalado nos pontos outro contêiner, exclusivo para não recicláveis. O objetivo é resolver o problema do acúmulo de lixo da coleta domiciliar comum ao lado dos LEVs.

“Teremos um novo modelo. Vamos aumentar a quantidade e melhorar a distribuição desses pontos”, diz Valverde. Ele explica que a identidade visual dos recipientes usados para acondicionar o lixo vai mudar, assim como a capacidade. A SLU informa que as pessoas estão depositando o lixo reciclável sem se preocupar com a divisão dos materiais. Isso obriga a prefeitura a fazer a segregação, já que o processo não é confiável. “As pessoas estão mantendo um comportamento inadequado e temos que nos adequar a isso.” Ao optar por um modelo de contêiner único, respeitando apenas a separação para o vidro, o superintendente afirma que está adotando padrão semelhante ao usado em países europeus.

Em toda a capital são 87 pontos, com 273 contêineres. A nova quantidade ainda não foi anunciada, mas já está definido que os pontos serão ampliados. A redistribuição tem o objetivo de aumentar a área de cobertura, que, segundo a SLU, é de um raio de 1 quilômetro. Sobre a coleta seletiva feita porta a porta, que hoje engloba 34 bairros, os estudos sobre possíveis ampliações só serão apresentados em 2015.

DOMICÍLIOS
“Estamos fazendo um replanejamento de rotas e custos”, afirma Valverde. Somando o que é recolhido nos pontos de entrega voluntário e nos cerca de 120 mil domicílios dos 34 bairros, a SLU entrega uma média de 20 toneladas por dia a sete cooperativas de catadores. Eles separam o material e destinam os resíduos para as empresas que fazem a reciclagem.

Sobre a instalação de contêiner exclusivo para o lixo não reciclável nos mesmo lugares que recebem resíduos recicláveis, ainda não foi batido o martelo. Essa é uma das alternativas apresentadas para minimizar o quadro de amontoados de lixo em lugares impróprios. “Isso virou problema crônico. O que está sendo discutido é se a opção de combater isso é com contêiner para não reciclável”, completa Valverde.


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