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Estado de Minas

Carmo do Cajuru pode voltar a decretar emergência por excesso de consumo de água

Após fim do decreto de emergência, consumo de água dispara e acende alerta no Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Se a situação não for normalizada, autarquia pode encaminhar à prefeitura novo pedido de decreto


postado em 26/01/2015 11:43 / atualizado em 26/01/2015 11:47

A cidade de Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste de Minas Gerais, pode decretar situação de emergência novamente. O município enfrentou graves problemas no abastecimento por causa da seca nos meses de setembro e outubro do ano passado, mas desta vez pode tomar a medida por causa do excesso de consumo de água.

No ano passado, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) realizou campanhas pela economia e moradores que desperdiçavam água chegaram a ser multados. De acordo com a prefeitura, Carmo do Cajuru é uma das poucas cidades da região que não cancelou o carnaval por causa da falta d'água, e deve receber muitos turistas no período. A festa foi tema de reunião entre a autarquia e a prefeitura na semana passada e a princípio, nenhuma medida especial seria tomada.

Segundo a diretora do SAAE da cidade, Gleice Nascimento Guimarães, o abastecimento dentro do município está acontecendo normalmente, mas na semana passada, o repentino aumento do consumo de água chamou a atenção da autarquia. “Nós tínhamos um decreto de emergência até o dia 16 restringindo o consumo, e desde o dia 16 foi revogado. O que nós observamos é que teve um aumento muito grande no consumo. Estamos analisando se esse aumento foi porque revogamos e a população voltou a consumir porque não há mais restrição”, explica.

A equipe técnica do SAAE continua investigando o que provocou a alta e vai monitorar o uso da água até quarta-feira. “Se continuar esse aumento, vamos pedir novamente ao prefeito para decretar situação de emergência”, afirma Gleice Nascimento.

POVOADOS Se por um lado houve uma melhora na situação da área urbana da cidade, o abastecimento de água ainda é crítico nos distritos. De acordo com Gleice, São José do Salgado enfrenta a situação mais grave. O local precisou receber poços artesianos, perfurados em escala de emergência. A expectativa é de que as instalações sejam concluídas nesta semana. “Na outra comunidade (São Pedro, na região de Olhos d'Água) a medida é um pouco mais drástica. Ela não era abastecida pelo SAAE e, como todas as lagoas, açudes e cisternas secaram, estamos começando do zero, diz Gleice. No local, as equipes trabalham para construir todo um sistema de canalização.


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