O abatimento da rua e o crescente risco de desabamento e destruição de imóveis tombados, além do perigo à vida da população, deverá implicar no fechamento de uma importante via da cidade histórica de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerias. Parte da Rua Getúlio Vargas, principalmente no trecho próximo à ponte seca, no Bairro Rosário, deverá ter o tráfego e o estacionamento de veículos bloqueado por determinação da Justiça.
A medida, requerida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio de Ação Civil Pública (ACP), valerá até que o município tome as providências necessárias à estabilização da área. Na decisão, a juíza Letícia Drumond estabeleceu o prazo de 30 dias para que a prefeitura apresente projeto de regulação do local. Em caso de descumprimento, foi estipulada multa diária de R$ 20 mil.
O MPMG apontou que o levantamento geofísico realizado pela Fundação Gorceix, a pedido do município de Ouro Preto, constatou que o abatimento da rua pode estar relacionado ao sobrepeso causado pela movimentação de veículos. Com o resultado, o órgão recomendou o fechamento do fluxo e de vagas de estacionamento valerá para veículos leves e pesados. Apesar da recomendação, o município, segundo o MPMG, procedeu apenas à interdição parcial da via.
“O Instituto Geotécnico de Ouro Preto relatou ao MPMG que a interdição parcial é insuficiente para a contenção do risco de arruinamento. Além disso, a entidade levantou que, em dois locais em situação de iminente risco, poderão ser atingidas 11 moradias e 12 doze pessoas”, afirmam os promotores de Justiça Domingos Ventura Miranda Júnior e Marcos Paulo de Souza Miranda, que assinam a ACP.
Interdição
No dia 15 de abril, a prefeitura de Ouro Preto realizou uma interdição parcial no trânsito da Rua Getúlio Vargas, próximo ao Largo da Alegria. O Instituto de Geotecnia da Prefeitura (IGEO) estudo a situação do local para que as medidas necessárias ao cuidado da via fossem tomadas. No período, foi retirado o estacionamento e passado o fluxo de veículos para a faixa da direita. Além disso, só foi permitida a circulação de veículos leves, com exceção do caminhão de lixo e dos blindados que atendem os bancos.
Risco
Desde o outubro de 2014, o MPMG vem analisando o acentuado e progressivo abatimento da rua. De acordo com as análises colhidas pela instituição, ficou evidenciada a movimentação do terreno, o que coloca em risco não só os imóveis e bens históricos tombados presentes no local, como a igreja de São José e o chafariz da Glória, mas também a vida da população.
Igreja de São José
Em dezembro de 2012, após uma reforma que durou mais de 20 anos, a Capela ou Igreja de São José foi reaberta e retomou seu lugar de destaque no patrimônio artístico, cultural e religioso de Ouro Preto.
Além da recuperação externa e interna do templo, o local passou por obras para estabilidade do terreno, situado em área de instabilidade geológica. Mais de oito toneladas de terra foram retiradas dos arredores e a escadaria da capela recebeu um inclinômetro.
A restauração custou R$ 1,4 milhão, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Do total, US$ 120 mil foram doados pelo World Monuments Fund (WMF), entidade que apoia projetos de restauração de monumentos mundiais.
(Com MPMG)
A medida, requerida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio de Ação Civil Pública (ACP), valerá até que o município tome as providências necessárias à estabilização da área. Na decisão, a juíza Letícia Drumond estabeleceu o prazo de 30 dias para que a prefeitura apresente projeto de regulação do local. Em caso de descumprimento, foi estipulada multa diária de R$ 20 mil.
O MPMG apontou que o levantamento geofísico realizado pela Fundação Gorceix, a pedido do município de Ouro Preto, constatou que o abatimento da rua pode estar relacionado ao sobrepeso causado pela movimentação de veículos. Com o resultado, o órgão recomendou o fechamento do fluxo e de vagas de estacionamento valerá para veículos leves e pesados. Apesar da recomendação, o município, segundo o MPMG, procedeu apenas à interdição parcial da via.
“O Instituto Geotécnico de Ouro Preto relatou ao MPMG que a interdição parcial é insuficiente para a contenção do risco de arruinamento. Além disso, a entidade levantou que, em dois locais em situação de iminente risco, poderão ser atingidas 11 moradias e 12 doze pessoas”, afirmam os promotores de Justiça Domingos Ventura Miranda Júnior e Marcos Paulo de Souza Miranda, que assinam a ACP.
Interdição
No dia 15 de abril, a prefeitura de Ouro Preto realizou uma interdição parcial no trânsito da Rua Getúlio Vargas, próximo ao Largo da Alegria. O Instituto de Geotecnia da Prefeitura (IGEO) estudo a situação do local para que as medidas necessárias ao cuidado da via fossem tomadas. No período, foi retirado o estacionamento e passado o fluxo de veículos para a faixa da direita. Além disso, só foi permitida a circulação de veículos leves, com exceção do caminhão de lixo e dos blindados que atendem os bancos.
Risco
Desde o outubro de 2014, o MPMG vem analisando o acentuado e progressivo abatimento da rua. De acordo com as análises colhidas pela instituição, ficou evidenciada a movimentação do terreno, o que coloca em risco não só os imóveis e bens históricos tombados presentes no local, como a igreja de São José e o chafariz da Glória, mas também a vida da população.
Igreja de São José
Em dezembro de 2012, após uma reforma que durou mais de 20 anos, a Capela ou Igreja de São José foi reaberta e retomou seu lugar de destaque no patrimônio artístico, cultural e religioso de Ouro Preto.
Além da recuperação externa e interna do templo, o local passou por obras para estabilidade do terreno, situado em área de instabilidade geológica. Mais de oito toneladas de terra foram retiradas dos arredores e a escadaria da capela recebeu um inclinômetro.
A restauração custou R$ 1,4 milhão, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Do total, US$ 120 mil foram doados pelo World Monuments Fund (WMF), entidade que apoia projetos de restauração de monumentos mundiais.
(Com MPMG)