A lama e os rejeitos do rompimento das barragens da Samarco em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, chegaram ao Rio Doce, um dos maiores do estado, na manhã dessa sexta, e devem continuar atingindo outras cidades banhadas por ele não só de Minas como até do Espírito Santo. O alerta foi emitido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que está fazendo um monitoramento de hora em hora da bacia. Segundo o órgão, a onda de cheia está se deslocando ao longo da calha do Rio Doce sendo que o pico passou pela Usina Risoleta Neves (Candonga) por volta das 10 horas desta sexta-feira.
Os boletins contendo todas as informações monitoradas serão publicados no site do Serviço Geológico do Brasil (www.cprm.gov.br) diariamente e encaminhados às defesas civis do Estado de Minas Gerais, dos municípios afetados e outros órgãos competentes. O sistema tem como objetivo alertar 15 municípios da bacia quanto ao risco de ocorrência de enchentes. São eles: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galiléia, Conselheiro Pena e Aimorés no Estado de Minas Gerais; e Baixo Guandu, Colatina e Linhares no Estado do Espírito Santo.
A Defesa Civil dessas cidades foram avisadas e já estão tomando precauções. Neste momento, técnicos, biólogos e engenheiros de vários órgãos como o próprio CPRM, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e da Agência Nacional de Águas (ANA) estão reunidos para tentar avaliar os impactos e até a intensidade dessa onda.