A belo-horizontina Lourdes Müller, de 82 anos, não sabe quantas vezes subiu e desceu a Rua da Bahia, uma das mais tradicionais vias públicas do Centro e corredor cultural famoso da capital. Mas, ontem, a senhora simpática de cabelos brancos teve uma surpresa no seu caminho de décadas: na esquina com a Avenida Augusto de Lima, estava um totem de 2,5 metros de altura, com informações em português e inglês sobre os prédios tombados da região, além de mapa e outros dados direcionais para orientação de moradores e visitantes. “BH tem muita história, mas nem todos conhecem seus monumentos ou sabem localizá-los”, afirmou Lourdes, olhando com atenção o equipamento inaugurado à tarde pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Fundação Municipal de Cultura (FMC), em parceria com a Belotur. A expectativa é de que 81 totens e placas sejam instalados na Rua da Bahia, de um ponto a outro da Avenida do Contorno, na Região Centro-Sul.
“Há muitas homenagens à Rua da Bahia. Uma delas, de que gosto muito, é 'minha vida é esta: subir Bahia, descer Floresta'”, disse Lourdes citando os versos de autoria do mineiro Rômulo Paes. Depois, com calma, ela ainda viu as placas instaladas em frente ao Centro de Referência da Moda (CRModa) e ao antigo Colégio Minas Gerais, hoje ocupado por uma drogaria, além de um totem em frente ao Edifício Maletta. Entusiasmado com o projeto, o presidente da FMC, arquiteto Leônidas Oliveira, explicou que o mais importante é “unir a vida da população ao espaço urbano, para que todos se apropriem dele, possam identificá-lo e também valorizem nosso patrimônio cultural, revelando a memória ao cidadão”.
O projeto Bahia revelada – Sinalização interpretativa do patrimônio cultural de Belo Horizonte tem recursos da iniciativa privada, via programa Adote um bem cultural, e equipamentos produzidos em laminados de alta pressão, de tamanhos variados (de 50 centímetros a 2,5 metros), sendo, conforme foi divulgado, de grande durabilidade, contra pichação e ação do tempo. Junto aos prédios históricos, que podem ser de importância cultural, religiosa ou palco de grandes eventos na história republicana, a iniciativa vai contemplar ainda monumentos na Praça Sete, na Savassi, o Mercado Central e outros.
“Na Rua da Bahia há ícones da arquitetura, com uma coletânea de estilo e épocas, podendo-se observar do neoclássico ao contemporâneo, passando pelo modernismo de Oscar Niemeyer”, disse Leônidas. Para melhor entender essa história, as placas trazem informações sobre os prédios, estilos de construção, famílias e visitantes ilustres que passaram por ali. “A ideia é aproximar a população e visitantes de cada um desses bens”, acrescentou o presidente da FMC.
PIONEIRO Eram 15h quando foi afixada a primeira placa – no CRModa (Rua da Bahia, 1.149). A técnica de patrimônio cultural da FMC, Mariana Guimarães Brandão, disse que o objetivo é estender o projeto para os demais conjuntos urbanos protegidos: “Assim, ele permeará praticamente toda a área no perímetro da Contorno, núcleo histórico original de Belo Horizonte”. Os equipamentos foram criados pelas empresas contratadas Mach Arquitetos e Hardy Design e contêm ainda um QR Code, permitindo acesso a outros dados complementares e a todo o conhecimento sobre os locais.
A técnica em contabilidade Denise Teixeira gostou do que viu e leu, certa de que as placas e totens facilitam a compreensão do espaço urbano e dão à cidade um aspecto contemporâneo. “Fica bem mais informativo”, afirmou.
“Há muitas homenagens à Rua da Bahia. Uma delas, de que gosto muito, é 'minha vida é esta: subir Bahia, descer Floresta'”, disse Lourdes citando os versos de autoria do mineiro Rômulo Paes. Depois, com calma, ela ainda viu as placas instaladas em frente ao Centro de Referência da Moda (CRModa) e ao antigo Colégio Minas Gerais, hoje ocupado por uma drogaria, além de um totem em frente ao Edifício Maletta. Entusiasmado com o projeto, o presidente da FMC, arquiteto Leônidas Oliveira, explicou que o mais importante é “unir a vida da população ao espaço urbano, para que todos se apropriem dele, possam identificá-lo e também valorizem nosso patrimônio cultural, revelando a memória ao cidadão”.
O projeto Bahia revelada – Sinalização interpretativa do patrimônio cultural de Belo Horizonte tem recursos da iniciativa privada, via programa Adote um bem cultural, e equipamentos produzidos em laminados de alta pressão, de tamanhos variados (de 50 centímetros a 2,5 metros), sendo, conforme foi divulgado, de grande durabilidade, contra pichação e ação do tempo. Junto aos prédios históricos, que podem ser de importância cultural, religiosa ou palco de grandes eventos na história republicana, a iniciativa vai contemplar ainda monumentos na Praça Sete, na Savassi, o Mercado Central e outros.
“Na Rua da Bahia há ícones da arquitetura, com uma coletânea de estilo e épocas, podendo-se observar do neoclássico ao contemporâneo, passando pelo modernismo de Oscar Niemeyer”, disse Leônidas. Para melhor entender essa história, as placas trazem informações sobre os prédios, estilos de construção, famílias e visitantes ilustres que passaram por ali. “A ideia é aproximar a população e visitantes de cada um desses bens”, acrescentou o presidente da FMC.
PIONEIRO Eram 15h quando foi afixada a primeira placa – no CRModa (Rua da Bahia, 1.149). A técnica de patrimônio cultural da FMC, Mariana Guimarães Brandão, disse que o objetivo é estender o projeto para os demais conjuntos urbanos protegidos: “Assim, ele permeará praticamente toda a área no perímetro da Contorno, núcleo histórico original de Belo Horizonte”. Os equipamentos foram criados pelas empresas contratadas Mach Arquitetos e Hardy Design e contêm ainda um QR Code, permitindo acesso a outros dados complementares e a todo o conhecimento sobre os locais.
A técnica em contabilidade Denise Teixeira gostou do que viu e leu, certa de que as placas e totens facilitam a compreensão do espaço urbano e dão à cidade um aspecto contemporâneo. “Fica bem mais informativo”, afirmou.