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Estado de Minas

Minissérie gravada na Praça Sete relembra protestos de junho de 2013, em BH

Produtora de 'Mostra a tua cara' é de Belo Horizonte. Série vai explorar o universo de oito personagens dos protestos, no contexto da capital


postado em 16/07/2016 19:29 / atualizado em 16/07/2016 20:02

Ver galeria . 15 Fotos Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )

Quem passou na tarde deste sábado pela Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, viu cenas que relembraram as manifestações de junho de 2013, quando multidões foram às ruas, em diversas capitais do país para protestar. Cerca de 200 figurantes participaram das filmagens da minissérie Mostra a tua cara, representando os manifestantes que protestaram na capital mineira, em atos contra o aumento das tarifas de ônibus e depois contra os gastos para a realização da Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

A minissérie faz parte das obras selecionadas no edital do Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro (Prodav) da Agência Nacional de Cinema, destinada à programação das televisões públicas. A produtora Aldeia é belo-horizontina, do Bairro Coração Eucarístico, Noroeste de Belo Horizonte, um dos motivos para a escolha da Praça Sete como principal set das filmagens baseadas nas manifestações que ocorreram antes e durante a Copa das Confederações, em 2013.

Frederico Pequeno, produtor-executivo da Aldeia, esclarece que o roteiro da minissérie em 13 episódios não transita pelo formato de um documentário. É uma obra de ficção, da roteirista belo-horizontina Laura Barile, que explora o universo de oito personagens dos protestos, no contexto de Belo Horizonte. São personagens de segmentos diferentes que estavam nas ruas durante o movimento, como policiais, jornalista, ativistas, entre outros.

Para a diretora da minissérie, Sílvia Godinho, o desafio maior é trazer uma leitura da importância do movimento social, mantendo a liberdade de criação de uma obra de ficção. “Se, ao final, conseguirmos explorar as muitas visões do que foi esse movimento de rua, por meio da ficção, possibilitaremos um pensamento externo do papel de cada personagem no conjunto da manifestação.”

As pessoas que passavam pela praça paravam para assistir ao trabalho de atores, figurantes e equipe de filmagem. O analista de planejamento Rafael Brasil, de 26 anos, se entusiasmou: “mesmo sendo uma ficção, está se criando um importante acervo aqui do que foi aquele movimento, que vai contribuir para compreender a história”, disse. Já a recepcionista Vanessa Vieira, de 30, conta que teve vontade de participar das manifestações, na época, mas temeu pela violência. “Essa minissérie, sem dúvidas, vai contribuir para um entendimento político dos protestos. Já estou ansiosa por assistir o resultado das filmagens.”


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