O batique (ou batik) é uma técnica artística de pintura em tecido, originária da Ilha de Java, uma das maiores ilhas da Indonésia, país entre a Ásia e a Oceania. É uma arte com aproximadamente dois mil anos de existência. Cada trabalho do batique é único e feito à mão. No tempo das colonizações, a arte chegou à África, e Moçambique tem o batique como uma das suas mais famosas forma de arte, principalmente o batique craquelê, que possui reconhecimento internacional no mundo das artes.
Ungulani representa, na obra, como a mentira e a desordem surgiram no mundo através de um diálogo entre pai e filho. Inserindo palavras da língua local de Moçambique, o autor transcreve a lenda de como o mocho se tornou rei, e acabou sendo exilado pelos outros pássaros quando o homem contou a verdade sobre seus “chifres”.
“– […] A realidade e a imaginação cruzavam-se, casando e descasando-se. A fronteira entre a imaginação e a realidade era tão frágil, que poucos conheciam a margem que as separava. E isto por que a mentira não havia ainda sido inventada. – E como apareceu, pai? – Na confusão que o homem criou entre o mocho e outros pássaros.”
Dentro de O Rei Mocho, a leitora ou leitor também encontrará uma consideração do autor quando ouviu o conto pela primeira vez, um breve glossário da língua de Moçambique e o conto original, que a etnia sena transmite oralmente entre seus entes.
Para saber mais sobre o título e ler alguns trechos, acesse: www.kapulana.com.br.
Editora Kapulana, 28 páginas, R$ 29,90.