A Suíça decidiu pedir que os caças Gripen que havia encomendado sejam entregues dois anos depois do previsto, anunciou nesta quarta-feira o Ministério da Defesa suíço.
"Parece mais conveniente para a Suíça comprar os 22 Gripen (...) junto com o Estado sueco, que pretende encomendar entre 60 e 80 aviões", indicou o ministério em um comunicado. Isto "causa um atraso de cerca de dois anos na entrega dos aviões", já que a Suécia prevê começar a usar a aeronave por volta de 2020, acrescentou. No dia 30 de novembro, a Suíça anunciou a escolha do Gripen, que competia com o Rafale francês e com o Eurofighter, do grupo EADS. O ministro da Defesa, Ueli Maurer, justificou na época a decisão assegurando que o avião sueco satisfazia as exigências militares de seu país. Em fevereiro, a imprensa divulgou um relatório confidencial fechado em 2009 indicando que o Gripen havia fracassado nos testes realizados pela Força Aérea suíça. Segundo o relatório, "a eficácia global do Gripen MS21 é insuficiente para obter a superioridade aérea ante futuras ameaças". O avião "é incapaz de alcançar as mínimas capacidades em todos os tipos de missões examinadas", conclui o documento. O Gripen, da Saab, também está envolvido em uma licitação no Brasil. O governo brasileiro deve definir a sua escolha para a compra de 36 caças no valor de 5 bilhões de dólares, num negócio em que competem, além do Gripen NG, o Rafale, da francesa Dassault, o F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing.