O ministro iraniano das Finanças, Shamseddin Hosseini, declarou nesta terça-feira que as sanções internacionais elevaram a inflação no país para mais de 30% e causaram "muitos problemas", mas que, ainda assim, o programa nuclear não será paralisado.
Criticando as medidas adotadas pela ONU, pelos Estados Unidos e pela União Europeia, Hosseini garantiu que a economia iraniana está se organizando para fabricar os bens que não pode importar.
"Trabalhamos duro, trabalhamos mais, nós nos esforçamos muito e encontramos novos caminhos, incluindo mudarmos de sócios comerciais", disse ele a um grupo de repórteres na embaixada iraniana na ONU, em Nova York.
O embargo aplicado à indústria petroleira e ao Banco Central provocou um "golpe monetário", aumentando os preços da importação de bens, explicou o ministro. Alguns observadores afirmam que a moeda local, o rial iraniano, sofreu uma desvalorização de mais de 80% nos últimos dois anos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou quatro rodadas de sanções para forçar o Irã a paralisar o desenvolvimento de seu programa nuclear. Embora o governo iraniano afirme que seu programa tem objetivos civis, existe a suspeita de que tenta fabricar uma bomba nuclear.
"Nunca nos deteremos diante dos obstáculos que criam no nosso caminho", frisou Hosseini.