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Estado de Minas

Peru reforça controles em portos por pesca ilegal e caça de golfinhos


postado em 23/10/2013 19:19

O governo peruano vai reforçar os controles e inspeções em portos de todo o país, após receber denúncias de pesca ilegal e do massacre de 15 mil golfinhos este ano, informou nesta quarta-feira o Ministério da Produção.

"A denúncia foi apresentada à procuradoria da nação para que seus escritórios em toda a costa peruana se mobilizem no controle da caça de golfinhos", declarou em entrevista coletiva Julio Guzmán, procurador do Ministério da Produção.

A Procuradoria iniciou investigações para encontrar os responsáveis pela matança dos cetáceos, cuja carne é usada por pescadores artesanais como isca na pesca de tubarões, destacou.

Segundo o ministério, a venda de barbatanas de tubarão para a Ásia aumentou no Peru e se tornou a principal causa da matança de golfinhos.

A Promotoria de Prevenção do Delito do porto de Irlo, região de Moquegua (sul), informou que após as denúncias recebidas iniciou operações nas embarcações localizadas em alto-mar para evitar a caça da espécie, protegida por lei.

O vice-ministro da Produção, Paul Phumpiu, informou ainda que foram intensificados os controles de inspetores do ministério nas embarcações.

"Foram feitas recomendações para que os 250 inspetores que o ministério aumentem o controle das embarcações para evitar a caça de golfinhos e a pesca indiscriminada de tubarões", informou.

Phumpiu disse que estuda "técnica e cientificamente" aplicar a proibição da pesca de tubarões na costa peruana.

Para alcançar esse objetivo, solicitou-se à ONG Mundo Azul, autora da denúncia do massacre, que informe "os locais onde se caçam golfinhos" e as matrículas de embarcações que o fazem.

"Rejeitamos essa prática e estamos indignados com o massacre, mas precisamos de apoio para erradicar esta pesca, proibida desde 1996", declarou.

Segundo a Mundo Azul, estima-se que no litoral peruano existam mais de 545 embarcações artesanais preparadas para realizar esse tipo de caça, que saem no mínimo meia dúzia de vezes ao ano e matam até seis golfinhos em cada incursão.

Atualmente estão registradas oficialmente para a pesca de tubarão 72 embarcações, algumas artesanais e outras industriais, disse Phumpiu, admitindo não haver números oficiais de barcos ilegais.


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