A maioria das empresas do setor espacial russo será agrupada em uma holding pública, como parte de uma reforma do setor, após uma série de fracassos, em virtude de um decreto presidencial publicado nesta segunda-feira.
O texto, assinado por Vladimir Putin, formaliza a criação de uma "companhia espacial unificada" responsável pela produção, entrega e manutenção de tecnologias espaciais, "incluindo para clientes estrangeiros".
O decreto prevê um prazo de dois anos para a aplicação desta medida.
A formação da holding é esperada há meses para unificar e fortalecer uma indústria muito dispersa e abalada por diversas falhas do setor.
O último fracasso foi a explosão de um foguete Proton em 2 de julho no cosmódromo de Baikonur, em um episódio que causou grande constrangimento.
No início de outubro, o primeiro-ministro Dmitry Medvedev demitiu o diretor da agência espacial Roskosmos, Vladimir Popovkin, que foi substituído pelo vice-ministro da Defesa na época, Oleg Ostapenko.
Em abril, Putin anunciou um investimento de 40 bilhões de euros em programas espaciais até 2020, para dar prestígio a uma indústria muito bem sucedida na época da União Soviética.