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Estado de Minas

Otan pede que Karzai assine acordo de segurança com os EUA


postado em 03/12/2013 23:52

Os ministros das Relações Exteriores dos países da Otan pediram nesta terça-feira ao presidente afegão, Hamid Karzai, que assine o quanto antes o tratado de segurança entre Cabul e Washington, do qual depende uma futura missão da Aliança Atlântica prevista para depois de 2014.

"Claramente, se não houver uma assinatura (...), não poderemos implementar novas tropas e os projetos de ajuda terão um futuro incerto", declarou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, antes de uma reunião ministerial com o secretário de Estado americano, John Kerry.

"Espero que o BSA seja assinado", acrescentou, em referência ao Tratado de Segurança Bilateral entre Cabul e Washington.

Segundo Kerry, "quanto mais cedo possível, melhor" para a assinatura do acordo, que segundo o secretário de Estado não exige necessariamente a assinatura de Karzai.

"Seu ministro da Defesa pode firmá-lo, seu governo pode firmá-lo, alguém pode assumir a responsabilidade".

"Não é uma brincadeira, é um assunto sério", repetiu Kerry, recordando que os 50 países da coalizão internacional atualmente no Afeganistão têm "imperativos de planejamento e exercícios fiscais" a respeitar para preparar uma eventual presença militar neste país depois de 2014.

Karzai adiou a assinatura do tratado bilateral, que estabelece os termos de uma presença militar dos Estados Unidos no Afeganistão após a retirada no final de 2014 das tropas da Otan, para depois da eleição presidencial afegã de 5 de abril de 2014.

O presidente afegão recebeu na véspera um apoio inusitado dos rebeldes talibãs.

Também depende da assinatura do tratado o estabelecimento de um quadro jurídico para a missão "de assistência, apoio e treinamento" das forças de segurança afegãs planejada pela OTAN.

A organização espera tomar uma decisão sobre esta missão em fevereiro de 2014. O número de soldados está estimado entre 8.000 e 12.000 homens.

A Otan, junto a parceiros como o Japão, também espera financiar parcialmente as forças afegãs, cujas necessidades são avaliadas em 4,1 bilhões por ano.


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