A baleia jubarte tem sido considerada uma espécie em risco de extinção, mas o governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira que a população do animal se recuperou na maioria das regiões e já não precisa de proteção.
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) propôs uma "abordagem de conservação mais adaptada" que reclassificaria a jubarte em 14 segmentos populacionais distintos, dos quais 10 seriam retirados da lista de espécies em risco de extinção.
"Esforços de proteção e restauração ao longo dos últimos 40 anos levaram a um aumento no número e taxas de crescimento para as baleias jubarte em muitas áreas", disse a NOAA em comunicado.
"Enquanto a caça comercial reduziu fortemente o número de baleias jubarte, o aumento da população em muitas áreas é resultado de taxas estáveis de crescimento da população desde que os Estados Unidos listou pela primeira vez, em 1970, o animal como ameaçado de extinção", acrescentou.
As baleias jubarte pode crescer até 18 metros e viver até 50 anos. Eles chegam a pesar até 40 toneladas e comem pequenos crustáceos chamados krill, muitas vezes até 1.360 kg por dia.
Apenas duas populações devem ser consideradas em perigo - aquelas no Mar Arábico e ao largo de Cabo Verde e noroeste da África, afirmou a proposta da NOAA.
As da América Central e do noroeste do Pacífico devem ser alteradas de "em perigo" para "ameaçadas", recomendou a NOAA.
O público tem 90 dias para comentar sobre a mudança proposta antes que a NOAA emita sua decisão final.
"Se a proposta for finalizada, as populações de baleias jubarte que deixariam de ser listadas como 'em perigo' continuariam protegidas ao abrigo da Lei de Proteção aos Animais Marinhos", garantiu a NOAA.
A Lei de Proteção aos Animais Marinhos proíbe a matança de certos mamíferos marinhos em águas norte-americanas e por cidadãos norte-americanos em alto-mar, além de vetar sua importação para os Estados Unidos.