De acordo com a fonte, os controladores de voo russos tentarão agora restabelecer duas vezes a conexão com a nave de carga, mas com poucas possibilidades de sucesso. "É impossível saber quando cairá exatamente na Terra, depende de muitos fatores. Mas a queda acontecerá em condições incontroláveis", explicou.
A Progress M-27M transporta material científico e produtos de primeira necessidade, como água e comida, mas sua perda não representará um problema para os seis astronautas que estão na ISS e que dispõem de vários meses de reserva. Na terça-feira, pouco depois do lançamento da nave dentro de um foguete Soyuz a partir do cosmódromo de Baikonur (Cazaquistão), os operadores russos registraram problemas de transmissão e decidiram mudar o plano de voo.
Mas as autoridades anunciaram que a Progress cumpriria o plano e seria acoplada à ISS em 30 de abril, seis horas depois do inicialmente previsto. A Nasa confirmou que a nave de carga "não transporta nenhum material essencial para o funcionamento da parte americana da ISS".
"Os segmentos russo e americano da Estação continuam funcionando e têm reservas suficientes para muito depois de junho, quando chegará a próxima carga", anunciou a agência espacial americana, em referência à cápsula Dragon. A nave, fabricada pela empresa americana SpaceX, tem lançamento previsto a partir de 19 de junho. Transportará 2,2 toneladas de material científico e mantimentos.
Além do material, a Progress também transporta uma réplica da bandeira soviética que o Exército Vermelho hasteou em Berlim em 1945. Ela seria utilizada pelos astronautas russos da ISS para celebrar o 9 de maio, data que marca a vitória aliada contra os nazistas na II Guerra Mundial.
A cada ano, três ou quatro naves Progress viajam até a ISS para transportar material. Depois da missão caem e se desintegram na atmosfera, acima do Oceano Pacífico. Em 2011, um foguete Soyuz que transportava uma nave similar caiu pouco depois da decolagem na região de Altai, na Ásia Central.