As autoridades indonésias transladaram à força 1.500 membros de uma seita para sua "própria segurança", anunciou nesta quarta-feira um porta-voz do governo.
Na semana passada, o povoado de Kalimantan, na ilha de Bornéu, onde vivem 500 famílias da seita Light of Nusantara ou Gafatar, foi atacado por uma multidão e as autoridades decidiram retirar as 1.500 pessoas do lugar.
Elas foram levadas para refúgios temporários e depois para Java, a principal ilha da Indonésia, onde estão passando por "sessões de reabilitação sobre o Islã e devores civis", segundo o governo.
A Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, é considerado tolerante, mas nos últimos anos registrou vários ataques contra grupos religiosos minoritários.
A Human Rights Watch (HRW) denunciou que outro grupo minoritário pode ser expulso de seu território a menos que se converta ao Islã majoritário.
O Conselho Indonésio dos Ulemás (MUI) vai examinar se a Gafatar pratica um islamismo herege, um delito castigado com até cinco anos de prisão.