Em entrevista a rádio CBN, na manhã desta quarta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que errou quando chamou os bombeiros de vândalos."Eu errei quando chamei eles de vândalos. Eles erraram, se comportaram mal (na invasão do quartel), mas é uma instituição muito querida da população. Estou fazendo minha mea-culpa. A anistia vai ao encontro desse desarmamento de espírito", disse o governador
Os 439 bombeiros militares que foram presos no Rio de Janeiro no dia três de junho depois de protestos por melhores salários estão na Câmara dos Deputados pedindo a aprovação do projeto que concede anistia criminal. A proposta já foi aprovada na semana passada no Senado e depois de analisada pelos deputados segue para sanção presidencial.
O grupo foi enquadrado no Código Penal Militar pelo crime de motim e também por crimes administrativos. Nessa terça-feira, a Assembleia Legislativa do Rio concedeu anistia administrativa aos bombeiros mas, o governador Sérgio Cabral ainda precisa sancionar a matéria.
Além de pedir a anistia criminal, os bombeiros tem como reivindicação o aumento do piso salarial. Hoje recebem cerca de R$ 900 e pedem um piso salarial líquido de R$ 2 mil. “Viemos aqui pedir socorro. Hoje temos o pior salário do país”, disse o Cabo Baciolo, um dos representantes do grupo.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que pode colocar em votação o projeto de anistia criminal na semana que vem. Antes, porém, é preciso retirar a urgência do projeto que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
O deputado Mendonça Prado (DEM-SE), um dos integrantes da Comissão de Segurança que se reuniram com os bombeiros, disse que a expectativa é que o projeto seja aprovado rapidamente. “Todos os brasileiros estão solidários à questão. Entendem que a forma como eles foram punidos extrapolou”, comentou. O grupo se reuniu com deputados distritais na Câmara Legislativa. Em seguida, fez caminhada até o Congresso Nacional.
com agência