A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ligada diretamente à Presidência da República por meio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foi espionada por um oficial de inteligência do próprio órgão. Um inimigo íntimo. Até ser descoberto, o espião já havia conseguido “hackear” 238 senhas dos investigadores que trabalham em investigações estratégicas.
No fim da tarde da sexta-feira passada, a Polícia Federal (PF) montou uma operação e conseguiu prender o infiltrado em flagrante dentro de sua sala de trabalho na instituição. O episódio delicado, tratado de maneira sigilosa até então, expôs de maneira constrangedora a fragilidade da estrutura responsável por investigar, principalmente, ameaças potenciais ao chefe de Estado.
Agora, o grande desafio da Abin e da PF é tentar descobrir para quem o investigador trabalhava. Após ser preso, o servidor foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, na Asa Sul. Ele foi libertado no sábado, após a Justiça arbitrar fiança no valor de três salários mínimos e meio.