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Estado de Minas

Homem é preso após torturar porco, filmar cena e divulgar na internet

Filmagem repercutiu na internet e causou revolta de entidades de proteção aos animais, que acionaram a polícia. Cesar Augusto Gavino Quessa, de 36 anos, vai responder por crime de maus-tratos


postado em 25/05/2016 12:31 / atualizado em 25/05/2016 13:00

Um homem de 36 anos foi preso pelas Polícias Civil e Ambiental de São João da Boa Vista (SP) no final da tarde desta terça-feira, 24, após aparecer torturando um porco e tomando seu sangue em um vídeo nas redes sociais. A filmagem repercutiu na internet e causou revolta de entidades de proteção aos animais, que acionaram a polícia. (As imagens do vídeo são fortes).

Após a polêmica, César Augusto Gavino Quessa postou outro vídeo explicando o ato, como sendo algo comum no local onde estava, em Minas Gerais. Alegou também que anda meio desequilibrado. Mas a Justiça decretou sua prisão preventiva levando em conta ainda que ele havia ameaçado o próprio pai dias antes.

Conhecido por Cesinha, ele é de família tradicional na região.

Agressor postou outro vídeo para justificar o ato cometido contra o porco (foto: Reprodução Facebook)
Agressor postou outro vídeo para justificar o ato cometido contra o porco (foto: Reprodução Facebook)
Policiais que prenderam o homem apreenderam em sua casa uma espada. Na delegacia, antes de saber que seria preso, ele argumentou que estava em uma aldeia e que não houve maldade.

Sobre ter esfaqueado e mordido o pescoço do porco, Cesinha afirmou ser um ritual indígena "para ressuscitar a alma do animal". Já a Polícia Ambiental considerou os atos e a divulgação do vídeo como crime de maus-tratos.

Crueldade

Nas filmagens, Quessa imobiliza o porco e o agride com socos. Depois, dá uma facada em seu pescoço e brinca com a cena, enquanto o animal agoniza fazendo muito barulho. Para entidades que procuraram a polícia, a situação é revoltante. "É uma barbaridade", considerou a Associação Amigos com Patas.

A prisão de Cesinha foi pedida pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público. "A Justiça levou em conta, entre outras coisas, a crueldade cometida contra o animal", falou o delegado Luciano Pires, que atuou no caso ao lado de Fabiano Antunes.


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