Um helicóptero caiu e matou todos os quatro ocupantes da aeronave, em São Lourenço da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. Além do piloto, morreram uma noiva que estava a caminho do casamento, o irmão dela e uma fotógrafa grávida, de acordo com o Corpo de Bombeiros. A aeronave, que era particular, caiu sem pegar fogo.
O acidente ocorreu às 16h de domingo, mesmo horário em que seria realizada a cerimônia de casamento. A aeronave, modelo Robinson 44, deslocava-se para o sítio Recanto Beija-Flor, em São Lourenço, mas caiu na Estrada da Barrinha, em uma região de mata fechada, próxima à Rodovia Régis Bittencourt. O local fica a apenas 5 km do local onde seria realizada a cerimônia.
O proprietário do Sítio Beija-Flor, Carlos Eduardo Baptista, contou que todos os convidados ficaram bastante apreensivos quando a aeronave não chegou no horário previsto. “Liguei para o hangar de Osasco para saber o que ocorreu e me informaram que o helicóptero tinha subido”, disse ao Correio. Ao saber que um helicóptero havia caído próximo do local, ele ligou para a Polícia Militar, para o Corpo de Bombeiros e até para a PF para obter informações. Minutos depois, o dono da empresa que alugou a aeronave telefonou para lhe dizer que o helicóptero havia caído.
Oito carros dos bombeiros e do Samu foram descolados para atender a ocorrência. O helicóptero Águia-3, do grupamento da Polícia Militar, levantou voo para ir ao local, mas precisou retornar à base porque não havia visibilidade, devido à neblina e à chuva na área do acidente.
Segundo a Aeronáutica, uma equipe do Seripa IV, que compõe o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, se deslocou ao local para começar as investigações sobre a causa do acidente. Dependendo do ano de fabricação do helicóptero, o preço pode variar entre R$ 350 mil e R$ 1 milhão. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave foi comprada recentemente e estava regularizada.
Investigações
Estatísticas da Anac mostram que o modelo do helicóptero esteve envolvido em dois acidentes fatais em 2015. No total, o país teve cinco acidentes com mortes, contando todos os modelos de helicópteros. A tragédia ocorreu poucos dias após o avião da companhia LaMia cair a caminho de Medellín, na Colômbia, com a equipe de futebol da Chapecoense. Investigações preliminares apontaram “pane seca” como a causa da queda. Reportagem do Correio, publicada ontem, apresenta dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre as causas dos desastres aéreos entre 2006 e 2015. Nos últimos 10 anos, 14 pessoas morreram devido a quedas provocadas por falta de combustível, sendo 13 em voos particulares e uma em aviação especializada. No mesmo período, o Brasil registrou 1.294 acidentes em território nacional, entre os anos de 2006 e 2015.