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Estado de Minas

Marido registra ocorrência contra a mulher por 'não aguentar mais tomar chifre'

"Vítima" da infidelidade relatou à polícia que a traição "está doendo na cabeça"; adultério não é crime no Brasil há mais de 12 anos


postado em 20/07/2017 07:42

Caso ocorreu na bela cidade de Cáceres (MT), conhecida como
Caso ocorreu na bela cidade de Cáceres (MT), conhecida como "Portal do Pantanal" (foto: Skyscrapercity/Marcos Vergueiro - Secom-MT)

Um morador da cidade de Cáceres, no Mato Grosso, decidiu procurar a delegacia por, segundo ele, "não aguentar mais tomar chifre na cabeça".

O Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia do município na última segunda-feira (17/7).

A informação foi publicada no blog "Notícias que vão mudar o mundo", do Correio Braziliense, pelo jornalista Fernando Jordão

Na ocorrência policial, o homem contou que "arrumou uma mulher bonita e gostosa", mas que, depois de alguns dias, começou a ser traído por ela. "O comunicante assume que é corno dos grandes[…] e que o chifre está doendo na cabeça", diz um trecho do documento.

De acordo com o delegado Wilson Souza Santos, ao chegar à delegacia, o homem exigiu que no BO constassem exatamente as palavras que ele proferiu ao investigador que estava de plantão e registrou a ocorrência.

"Eu ainda questionei o policial sobre os termos usados, porque é uma situação muito vexatória. Ele me disse: 'chefe, coloquei do jeito que ele narrou'. Eu não sei qual era a intenção dele [do denunciante]. Se ele queria humilhar a mulher ou algo assim", afirmou o delegado.

Independentemente da intenção do homem traído, o fato é que, criminalmente, a ocorrência não tem valor. Isso porque a prática de adultério foi descriminalizada no Brasil há 12 anos.

"É um fato atípico. Não configura infração penal, porque não há crime ou contravenção. Então, essa ocorrência não vai ter maiores encaminhamentos, salvo se surgirem novas situações, como a mulher se sentir ofendida. Mas não vamos intimar a mulher ou as pessoas com quem ela possa ter se relacionado, porque é uma questão de cunho pessoal, que não cabe à polícia", concluiu o policial.


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