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Estado de Minas Março Amarelo

Cólica e infertilidade: veja como a endometriose afeta a vida das mulheres

Doença silenciosa atinge quase sete milhões de brasileiras; entre os principais sintomas estão a dor pélvica e a dificuldade para engravidar


Biocor
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Biocor
postado em 22/03/2021 10:23 / atualizado em 29/03/2021 11:10

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)

 
A endometriose é uma doença benigna que afeta quase sete milhões de brasileiras e caracteriza-se pela presença de tecido menstrual (endométrio) fora do útero, podendo atingir não só os órgãos reprodutivos, mas também intestino, bexiga e até os pulmões. O Instituto Biocor conta com uma equipe multidisciplinar, capaz de oferecer o melhor tratamento para a doença.

O Março Amarelo marca o mês de conscientização sobre a doença,  que afeta até 10% das mulheres em idade reprodutiva e se manifesta principalmente por dor pélvica e dificuldade para engravidar. 

Outros tipos de dor pélvica, não relacionadas ao ciclo menstrual podem ocorrer, inclusive dor durante o ato sexual e ao evacuar ou urinar. A piora da dor durante o período menstrual também alerta para a possibilidade de endometriose. Em até 20% das mulheres, entretanto, a doença pode ser silenciosa.

A infertilidade também é uma condição associada à endometriose, embora nem toda mulher com endometriose seja infértil. Entre as inférteis, entretanto, até 50% têm endometriose. Nestes casos, a avaliação do casal é fundamental e as opções de tratamento incluem o uso de técnicas como a fertilização in vitro (FIV) conhecida como “bebê de proveta”.

Um estudo publicado recentemente revela que a endometriose, apesar de benigna, exerce uma profunda influência negativa na vida das mulheres acometidas, comprometendo a qualidade de vida, a participação nas atividades cotidianas, o desempenho físico e sexual, os relacionamentos, o desempenho escolar e no trabalho, afetando negativamente a saúde mental e bem-estar das pacientes.

Dra. Márcia Mendonça Carneiro é Ginecologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto e Professora Associada - Departamento de Ginecologia e Obstetrícia- Faculdade de Medicina da UFMG (foto: Divulgação/Biocor)
Dra. Márcia Mendonça Carneiro é Ginecologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto e Professora Associada - Departamento de Ginecologia e Obstetrícia- Faculdade de Medicina da UFMG (foto: Divulgação/Biocor)
 
Ao longo da vida, a endometriose pode comprometer o enfrentamento a esses desafios diários, resultando em limitações para alcançar objetivos de vida, como concluir os estudos; avançar na vida profissional; interferir no desenvolvimento de relacionamentos estáveis e gratificantes ou afetar as chances de gravidez e formação de uma família, o que em suma acaba alterando profundamente a trajetória de vida de uma pessoa.

Dessa forma, o potencial da endometriose para impactar o curso de vida das mulheres é considerável, visto que o início dos sintomas geralmente ocorre em uma fase da vida quando várias decisões cruciais mulher precisam ser tomadas. 

O diagnóstico precoce com tratamento eficaz, que leva em consideração características individuais, e objetivos de vida de cada mulher pode reduzir os possíveis efeitos negativos da endometriose e permitir a estas mulheres uma vida plena em todos os aspectos. 

Infelizmente o caminho das mulheres com endometriose é longo e estima-se que a maioria passe por cerca de cinco médicos e leve de 5 a 12 anos desde o início dos sintomas até que seja feito o diagnóstico definitivo. 

O tratamento deve ser individualizado dependendo dos sintomas, da idade da mulher e do desejo de engravidar no futuro.  Estudos revelam que os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é realizado por equipe multidisciplinar levando em consideração todas estas questões.

Por Márcia Mendonça Carneiro
Ginecologista do Biocor Instituto e Professora Associada - Departamento de Ginecologia e Obstetrícia- Faculdade de Medicina da UFMG 

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