Uma nova turma, uma nova rotina, novos ares. O início da vida escolar de uma criança traz muitas novidades e mexe com a rotina dos pequenos. Para não deixar que esse período se torne perturbador tanto para as crianças, quanto para os pais, é importante tomar alguns cuidados e, principalmente, ficar atento à saúde.
Com a volta às aulas, os filhos costumam ficar doentes, uma vez que eles passam a ter contato com outras crianças e, consequentemente, com vírus e bactérias. No entanto, os pediatras da Rede Mater Dei afirmam que há várias formas de amenizar os sintomas e fortalecer a defesa das crianças.
Cuidados com os pequenos
Para os mais novos, entre seis meses e quatro anos, que dão início à uma vida em grupo, seja em creche ou escola, o coordenador do serviço de neonatologia da Rede Mater Dei, Paulo Poggiali, diz que, além de uma alimentação saudável, é essencial manter o aleitamento materno. “As crianças vão para a creche e escola cada vez mais cedo e a nossa preocupação maior é com esses pequenos, que são mais suscetíveis à doenças, independente da época do ano, por conta dos anticorpos que eles não conseguem criar com tanta eficiência. É importante que os pais façam o acompanhamento com o pediatra e mantenham o cartão de vacinação em dia”.
Ele explica que até os seis meses, os anticorpos do bebê não são criados pela criança, mas sim pela mãe. Essa defesa é repassada através do leite materno e tem um tempo de vida ou prazo de validade que, geralmente, são de seis meses e a imunidade só volta a atingir o nível satisfatório após os quatros anos de idade.
Ele explica que até os seis meses, os anticorpos do bebê não são criados pela criança, mas sim pela mãe. Essa defesa é repassada através do leite materno e tem um tempo de vida ou prazo de validade que, geralmente, são de seis meses e a imunidade só volta a atingir o nível satisfatório após os quatros anos de idade.
Vacinação é fundamental
O coordenador do centro de pediatria da Rede Mater Dei, Luis Fernando Andrade de Carvalho, reforça também que é comum que a criança desenvolva em torno de seis a dez infecções no primeiro ano da vida escolar, independente da idade, porque ainda estão com o sistema imunológico em formação. Por isso, ele reitera a importância de manter e respeitar o calendário de vacinação.
"Essa imunização é fundamental para evitar a transmissão de algumas doenças e proteger não só as crianças, mas o meio escolar como um todo. Mesmo assim, isso não quer dizer que a criança vai estar imune. Por exemplo, a vacina da gripe evita casos graves da doença como a pneumonia, a influenza, mas não protege daquele resfriado comum. Então é importante que os pais façam uma consulta com o pediatra e avalie a saúde dos filhos sempre, mesmo com as vacinas em dia", afirma.
"Essa imunização é fundamental para evitar a transmissão de algumas doenças e proteger não só as crianças, mas o meio escolar como um todo. Mesmo assim, isso não quer dizer que a criança vai estar imune. Por exemplo, a vacina da gripe evita casos graves da doença como a pneumonia, a influenza, mas não protege daquele resfriado comum. Então é importante que os pais façam uma consulta com o pediatra e avalie a saúde dos filhos sempre, mesmo com as vacinas em dia", afirma.
Os pediatras fazem um alerta e afirmam que há uma medida ainda mais importante quando se fala em doenças pediátricas na escola: não mandar o filho para o convívio com outras crianças quando ele estiver doente. “Às vezes a criança acorda com febre, mas sem outros sintomas mais graves. A mãe dá um remédio e manda o filho para escola. Lá ele contamina o ar e todas as outras crianças que estão no mesmo ambiente passam a estar suscetíveis à doença, causando uma reação em cadeia”, explica Poggiali.
De acordo com ele, basta apenas a mudança de ambiente para que os pequenos desenvolvam alguma infecção. “Muitas vezes não há nem necessidade absoluta de que eles estejam doentes, basta que venham de outro contexto de flora bacteriana, que não é o de seu costume, para ele desenvolver uma reação, que pode ser um quadro de virose ou infecção”, revela.
De acordo com ele, basta apenas a mudança de ambiente para que os pequenos desenvolvam alguma infecção. “Muitas vezes não há nem necessidade absoluta de que eles estejam doentes, basta que venham de outro contexto de flora bacteriana, que não é o de seu costume, para ele desenvolver uma reação, que pode ser um quadro de virose ou infecção”, revela.
Higienização e alimentação saudável
Por isso, os especialistas acrescentam que a higienização correta e alimentação saudável são grandes aliadas quando o quesito é saúde na escola. Cuidados básicos como lavar bem as mãos antes das refeições, proteger com o braço quando tossir, não compartilhar alimentos e talheres devem ser ensinados para as crianças desde cedo. “Além disso, a orientação que passamos para os pais é de sempre valorizar uma alimentação saudável. É preciso evitar guloseimas, enlatados, alimentos que podem estragar com facilidade, biscoitos e refrigerantes. O ideal é levar um lanche composto por frutas, sucos e água”, avalia Luis Fernando.
De olho nas mochilas
Na lista de recomendações, há outro ponto que não deve ser menosprezado pelos pais da criança ou adolescente, que é o peso da mochila. De acordo com os pediatras, a regra básica diz que a bolsa não deve ultrapassar 10% do peso de quem vai carregá-la. No entanto, eles alertam que a regra pode variar de acordo com a estatura da criança e é preciso uma atenção redobrada dos pais. “Pode ser que essa mochila tenha menos que 10% do peso da criança e ela, mesmo assim, apresente problemas de postura que podem acarretar num problema grave. A criança e o adolescente ainda têm os ossos em formação. O ideal é deixar parte do material na escola e usar uma mochila de rodinhas”, explica Luis Fernando.
Atenção aos pequenos sinais
Outras duas avaliações que merecem total atenção dos pais é sobre a visão e audição que influenciam tanto na saúde, quanto no rendimento escolar das crianças. De acordo com Poggiali, é comum que muitas crianças descubram problemas de visão e audição no ambiente escolar.
“Pais e professores devem ficar atentos às queixas visuais feitas pelos estudantes, como dificuldade de ler à distância e dores de cabeça. Recomendo que os pais façam uma avaliação com especialistas de ano em ano, caso a criança não tenha nenhuma disfunção, ou de seis em seis meses, caso ela apresente algum problema. Antes, tínhamos que esperar a criança falar para ela contar o que estava vendo e poder detectar algum problema, hoje, com as novas técnicas, isso pode ser feito muito mais cedo, sem depender do entendimento da criança”, explica Poggiali.
“Pais e professores devem ficar atentos às queixas visuais feitas pelos estudantes, como dificuldade de ler à distância e dores de cabeça. Recomendo que os pais façam uma avaliação com especialistas de ano em ano, caso a criança não tenha nenhuma disfunção, ou de seis em seis meses, caso ela apresente algum problema. Antes, tínhamos que esperar a criança falar para ela contar o que estava vendo e poder detectar algum problema, hoje, com as novas técnicas, isso pode ser feito muito mais cedo, sem depender do entendimento da criança”, explica Poggiali.