O vereador de Belo Horizonte Pablo Cesar de Souza, o Pablito, encontrou uma forma de sair do PTC sem correr o risco de perder a cadeira na Câmara Municipal, punição a que estaria sujeito pelas regras da fidelidade partidária. O parlamentar se desfiliou em 2 de março “na surdina”, porém em acordo de cavalheiros com o partido. Tanto que até hoje – passados mais de três meses, prazo para o partido, o Ministério Público ou seu suplente reivindicarem a vaga –, a antiga legenda ainda consta do painel e no site do Legislativo e da página do parlamentar na internet.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Pablito cancelou sua filiação em 2 de março. Pelas regras de fidelidade partidária, a vaga de vereador é do partido, que teria 30 dias para requisitá-la à Justiça Eleitoral. Passado o prazo, o primeiro suplente, doutor Célio Froes, ou o Ministério Público Eleitoral teriam mais 30 dias para tirar o mandato de Pablito. Ninguém pediu a vaga.
O acordo fechado informalmente com o PTC tem lógica própria. Para o vereador, é interessante não perder o mandato. Já o partido se livra do “peso” de ter em seus quadros um filiado com mandato na Câmara. Eleito com 5.576 votos, Pablito dificultaria a formação de nova chapa para concorrer a vagas de vereadores no partido nanico. Nos pequenos partidos, é menos interessante ter candidatos que já tenham expressão política, pois eles acabam prejudicando a eleição de novos nomes.
Para não correr o risco de outros levantarem a bola, o vereador não comunicou a desfiliação à Mesa Diretora da Câmara Municipal. Segundo o primeiro-secretário Ronaldo Gontijo (PPS), por isso o PTC ainda consta do painel eletrônico da Casa como partido do vereador e ele ainda usa tempo de liderança pela legenda. Matéria datada de ontem no site de Pablito também coloca o PTC como seu partido.
Deu certo. O suplente doutor Célio (PTC) disse não ter reivindicado a vaga por não ter ficado sabendo dentro do prazo. “Fizeram às escuras e perdemos o prazo de 60 dias. O Tribunal Regional Eleitoral é uma casa da mãe joana, faz vista grossa aos acordos de compadre que fazem dentro dos partidos”, disse.
Já livre da possibilidade de perder o mandato, o vereador confirmou ontem ao Estado de Minas que deixou o PTC. A alegação foi que ele estaria sendo discriminado pelo presidente estadual do partido, deputado estadual José Anselmo Domingos. “Eu não tinha voz dentro da legenda. O Anselmo é o presidente no estado e colocou um chefe do gabinete para presidir a direção municipal. Não tive outra saída senão deixar o PTC”, afirmou.
Pablito alegou ainda que a desfiliação foi negociada com Anselmo e que tem, inclusive, uma carta do dirigente nesse sentido. “Para o próprio partido vai ser bom, porque senão teria dificuldades para montar a chapa de vereadores”, disse. Além de Pablito, o PTC é representado pelo vereador Joel Moreira. Pablito estaria articulando, em conversas com o padrinho político, senador Aécio Neves (PSDB), uma possível ida para o ninho tucano. O PSB seria outra opção. O presidente estadual do PTC, deputado estadual Anselmo José Domingos, foi procurado mas estava no Vale do Jequitinhonha.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Pablito cancelou sua filiação em 2 de março. Pelas regras de fidelidade partidária, a vaga de vereador é do partido, que teria 30 dias para requisitá-la à Justiça Eleitoral. Passado o prazo, o primeiro suplente, doutor Célio Froes, ou o Ministério Público Eleitoral teriam mais 30 dias para tirar o mandato de Pablito. Ninguém pediu a vaga.
O acordo fechado informalmente com o PTC tem lógica própria. Para o vereador, é interessante não perder o mandato. Já o partido se livra do “peso” de ter em seus quadros um filiado com mandato na Câmara. Eleito com 5.576 votos, Pablito dificultaria a formação de nova chapa para concorrer a vagas de vereadores no partido nanico. Nos pequenos partidos, é menos interessante ter candidatos que já tenham expressão política, pois eles acabam prejudicando a eleição de novos nomes.
Para não correr o risco de outros levantarem a bola, o vereador não comunicou a desfiliação à Mesa Diretora da Câmara Municipal. Segundo o primeiro-secretário Ronaldo Gontijo (PPS), por isso o PTC ainda consta do painel eletrônico da Casa como partido do vereador e ele ainda usa tempo de liderança pela legenda. Matéria datada de ontem no site de Pablito também coloca o PTC como seu partido.
Deu certo. O suplente doutor Célio (PTC) disse não ter reivindicado a vaga por não ter ficado sabendo dentro do prazo. “Fizeram às escuras e perdemos o prazo de 60 dias. O Tribunal Regional Eleitoral é uma casa da mãe joana, faz vista grossa aos acordos de compadre que fazem dentro dos partidos”, disse.
Já livre da possibilidade de perder o mandato, o vereador confirmou ontem ao Estado de Minas que deixou o PTC. A alegação foi que ele estaria sendo discriminado pelo presidente estadual do partido, deputado estadual José Anselmo Domingos. “Eu não tinha voz dentro da legenda. O Anselmo é o presidente no estado e colocou um chefe do gabinete para presidir a direção municipal. Não tive outra saída senão deixar o PTC”, afirmou.
Pablito alegou ainda que a desfiliação foi negociada com Anselmo e que tem, inclusive, uma carta do dirigente nesse sentido. “Para o próprio partido vai ser bom, porque senão teria dificuldades para montar a chapa de vereadores”, disse. Além de Pablito, o PTC é representado pelo vereador Joel Moreira. Pablito estaria articulando, em conversas com o padrinho político, senador Aécio Neves (PSDB), uma possível ida para o ninho tucano. O PSB seria outra opção. O presidente estadual do PTC, deputado estadual Anselmo José Domingos, foi procurado mas estava no Vale do Jequitinhonha.