Morre Helena Greco, uma das fundadoras do PT em Minas Gerais

Morreu nesta quarta-feira, aos 95 anos, Helena Greco, uma das fundadoras do PT em Minas Gerais e primeira vereadora da legenda a ocupar uma vaga na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Reconhecida por sua atuação política, a mineira de Abaeté, na região central do estado, exerceu dois mandatos na CMBH (1983-1988 e 1989-1992). D. Helena Greco, como era conhecida, morreu em casa, na capital.

Formada em Farmácia, Helena Greco foi casada durante 64 anos com José Bartolomeu Greco, falecido em janeiro de 2002. Teve três filhos, Marília, Heloísa e Dirceu, e três netos, Helena, Júlia e Gustavo.

A trajetória política da ex-vereadora se entrelaça com a luta pelo fim do regime militar. Sua participação na política começou aos 61 anos, em 1977, na luta pela anistia de presos políticos. Militante com orgulho, Helena Greco se definia como "feminista radical e militante socialista de extrema esquerda". Ela foi presidente e fundadora do Movimento Feminino pela Anistia e do Comitê Brasileiro de Anistia.

Em 2005, Helena Greco foi uma das 52 brasileiras que integraram a lista do Projeto Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz, iniciativa da Fundação Suíça pela Paz e Associação Mil Mulheres.

Em nota oficial, o Diretório Estadual do PT em Minas Gerais lamentou a morte e afirmou que Helena Greco "lutou de forma incansável pelos direitos humanos" e que ela foi "um exemplo de vida e exemplo de luta nacional e internacionalmente". O velório será realizado na tarde desta quarta-feira, no cemitério Parque da Colina, na região oeste de Belo Horizonte. O sepultamento está marcado para esta quinta-feira, às 11h, no mesmo local.