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Estado de Minas

Tucanos querem demarcar terreno em BH

PSDB marca para o mês que vem reunião com Marcio Lacerda para apresentar propostas e dar mais um passo rumo à reedição da aliança com PSB e PT que elegeu o socialista em 2008


postado em 14/01/2012 06:00 / atualizado em 14/01/2012 07:00


O PSDB vai colocar mais lenha na fogueira da conturbada aliança que envolve ainda PSB e PT para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte. Em reunião marcada para o mês que vem, os tucanos vão apresentar à direção socialista um documento com cinco pontos que consideram primordiais para a reedição da chapa que elegeu Marcio Lacerda (PSB) há quatro anos. Entre eles, está a indicação de um vice de um quarto partido, excluindo a si mesmos e os petistas da composição formal da chapa. O objetivo é evitar novos embates como o enfrentado atualmente pelo prefeito, rompido com o vice Roberto Carvalho (PT), que defende a indicação de um nome do PT para enfrentá-lo nas urnas em outubro.

“O ideal é que o vice não seja do PT nem do PSDB, para que haja maior independência na condução da aliança. Tem que ser alguém que acredite na aliança”, afirmou nessa sexta-feira o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana. De acordo com o tucano, para que um petista seja indicado a vice, precisa ser alguém com capacidade de conversar com todos os setores e ajude o prefeito.

Outro ponto reivindicado pelos tucanos é um apoio formal da coligação à chapa de vereadores. Sem a indicação de um nome do PSDB para a cabeça de chapa ou vice-prefeito, a tendência é dificultar a eleição de seus candidatos à Câmara Municipal. Isso porque candidatos a cargos do Executivo acabam trazendo votos de legenda para a chapa proporcional. “Quando você abre mão da candidatura própria, há uma repercussão negativa na candidatura a vereador”, justificou Pestana.

Primeiro escalão

Os tucanos querem ainda uma participação “revigorada” na futura administração. No primeiro escalão da prefeitura, o PSDB comanda hoje as secretarias de Saúde e Desenvolvimento Econômico, a Presidência da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e da BHTrans e a Regional Pampulha. Marcus Pestana evitou dizer quais cadeiras interessariam mais ao partido e disse apenas que a legenda tem nomes técnicos capazes de ocupar cargos nos mais diversos setores da administração municipal.

Com a justificativa de dar mais “qualidade e consistência” a uma reedicação da aliança, o PSDB quer uma participação mais efetiva na elaboração do programa de governo e na coordenação da campanha. O presidente do PSDB nega que a intenção dos tucanos seja retirar o PT da aliança. “Não temos essa posição excludente. Temos uma postura extremamente aberta e democrática e um compromisso com a capital e a população”, disse.

Mas, pelo menos por enquanto, não pretende discutir a questão com os petistas, mesmo aqueles que concordam em estar novamente ao lado do maior partido de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). Até porque, de acordo com Pestana, é preciso antes que o PT decida o que fará nestas eleições.


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