A grande maioria da população do país (94%) é favorável às manifestações que varrem o país do Norte ao Sul do país. É o que revela pesquisa exclusiva dos Diários Associados, realizada pela Expertise e Heap Up, em 27 capitais do país, entre os dias 21 e 22 de junho, quando foram ouvidas 2.344 pessoas. A amostra demonstra que um basta na corrupção e luta por direitos – saúde, educação, em especial -, são as razões de apoio à tomada das ruas pela população.
Os que desaprovam os protestos (6%) alegam que as manifestações vêm acompanhadas de vandalismos, desordem e violência. A pesquisa também registra que a maioria esmagadora dos entrevistados (97%) repudia as depredações do patrimônio público e privado, ocorridos durante os atos de protestos.
Participação
De cada quatro entrevistados, um( 26%) participou de pelo menos uma manifestação. Dentre os participantes da pesquisa, destacaram-se os mais jovens, estudantes, com maior escolaridade e sem distinção de classe socioeconômica. Em Minas Gerais, 30% dos entrevistados afirmaram ter participado dos protestos.
Atuação da Polícia Militar
Em relação à atuação da Polícia Militar, a percepção dos brasileiros é pulverizada entre “exagerada” (34%), “adequada” (32%) e “firme” (28%). Apenas 6% consideraram que a Polícia Militar agiu de forma “tímida”. Em Minas Gerais, a população exprime opinião mais crítica sobre a atuação militar. 38% a consideraram exagerada.
Voto
Os resultados apontam ainda que os movimentos influenciaram a percepção política individual do brasileiro, que alega pensar nas eleições de 2014 de forma diferente (81%). Em Minas Gerais, 86% da população modificou sua forma de pensar sobre as eleições do próximo ano após os atos de protesto.
Legado
As expectativas positivas sobre o legado das manifestações refletem no apoio à continuidade dos movimentos por 89% dos entrevistados. A grande maioria (93%) acredita também que os protestos são apenas o início de um processo contínuo de mobilizações sociais. Se comparado com as demais unidades da federação, o apoio à continuidade dos movimentos é ligeiramente maior em Minas, onde o percentual atinge 91%.
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