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Estado de Minas

Governos estaduais serão disputados por velhas caras da política

Apesar do desgaste dos políticos e da expectativa de renovação, até agora antigos ocupantes de cargos públicos estão na disputa


postado em 11/09/2017 06:00 / atualizado em 11/09/2017 08:18

Processado, Renan Calheiros tenta reeleger o filho governador de Alagoas(foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado )
Processado, Renan Calheiros tenta reeleger o filho governador de Alagoas (foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado )

Ao contrário das previsões sobre a busca por novos nomes para concorrer às eleições de 2018, nos estados, os candidatos apresentados até agora são integrantes da política tradicional e muitos enfrentam processos na Justiça. A começar do fato de que apenas um terço dos 27 estados não ter o governador concorrendo à reeleição. Em 18 deles, o atual mandatário buscará mais quatro anos de gestão, apesar do extremo desgaste da classe política. “O risco é entrar o último ano de mandato com uma rejeição de 70%”, afirma o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos prováveis candidatos a um cargo no Executivo local no ano que vem.

No Distrito Federal, por exemplo, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) enfrenta essa situação de desgaste popular. O senador Cristovam Buarque (PPS) anunciou a criação de uma frente ampla composta por ele, o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat e o deputado distrital Joe Valle (PDT) para enfrentar o governador.

Em Alagoas, o candidato à reeleição é Renan Filho (PMDB), que, ao lado do pai, o senador Renan Calheiros, recebeu a comitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de braços abertos na semana retrasada. Renan Calheiros enfrenta vários processos no Supremo Tribunal Federal.O principal adversário é o prefeito de Maceió, o tucano Rui Palmeira. No Amazonas, Amazonino acaba de ser eleito governador pela quarta vez para um mandato tampão, o que lhe dá direito de concorrer no ano que vem, provavelmente contra o senador Eduardo Braga (PMDB) e a deputada Rebeca Garcia (PP).

No Acre, o governador Tião Viana não pode mais concorrer, mas são boas as chances de o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, perpetuar a dinastia petista que já dura 15 anos à frente do estado.

A disputa baiana tende a ser acirrada entre o governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). Camilo Santana (PT) sonha em reeleger-se mas pode ter a concorrência dos senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissatti (PSDB). Em Minas Gerais, a grande incógnita é se o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deixará o serviço público para tentar uma vaga ao Palácio da Liberdade, tendo como principal adversário, possivelmente, o governador Fernando Pimentel (PT). “Esse grand finale dele pode ter repercutido mal nos formadores de opinião (o recuo na delação). Mas tem o discurso de que foi humilde e recuou de uma decisão tomada e ainda jogou luz sobre o Supremo”, analisou um estrategista político.

Em Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) vai para a reeleição contra o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM); o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT); o ministro de Minas e Energia Fernando Bezerra Coelho Filho (PMDB) e o senador Armando Monteiro Neto (PTB). E no maior estado do país, São Paulo, os tucanos, que estão no comando desde 1994, desfilam uma infinidade de pré-candidatos mas não demonstram nenhuma unidade: Davi Uip, Luiz Felipe D´Ávila são cotados. O vice-governador Márcio França (PSB) quer concorrer com o apoio do PSDB e o peemedebista Paulo Skaff sempre é lembrado.

ELEITOR DESILUDIDO Para a vice-presidente da Ideia Inteligência, Cila Schulmann, o país vive um momento de alternância entre a busca pelo novo e a manutenção dos atuais nomes. “O eleitor está desiludido e em busca de alternativas. De outro lado, quem tem liderança em algum setor começa a pensar em entrar na política para tentar resolver os problemas que afligem a todos nós. É um risco na medida em que quem melhor faz política são os políticos”, ponderou ela. Cila, que tem experiência em campanha e está assessorando Luiz Felipe D’Ávila na disputa interna no PSDB, lembra que, não necessariamente, o fato de ser novo significa que é um bom candidato ou será um bom governante. “O eleitor precisará prestar atenção na formação, nas atitudes, nas bandeiras dos candidatos. Escolher só porque é novo é uma ilusão”, alertou.

A eleição do Rio de Janeiro deverá ter pelo menos dois candidatos de fora do ambiente político: o técnico de vôlei Bernardinho (Partido Novo), ainda sem partido, e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello (ainda sem partido). Podem disputar a eleição ainda o senador e ex-jogador de futebol Romário, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), além de Índio da Costa (PSD). (Com estagiária Maiza Santos, sob a supervisão de Paulo Silva)


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