Quando escreveu seu livro Da terra à lua, em 1865, Júlio Verne não suspeitava que sua obra seria inspiração para o primeiro filme de ficção científica. Em 1902, seria lançado Le voyage dans la lune (A viagem à Lua), de Geoges Méliès. A produção, inovadora em uma época em que não havia muitos recursos para capturar e reproduzir imagens, entrou para a história e figura na lista do livro 1001 filmes para se ver antes de morrer. Da adaptação de Méliès surgiria o primeiro jogo brasileiro com tecnologia de captura de movimento: Barbenfouillis e os selenitas é fruto do projeto OpenMocap, solução mineira, de acesso livre, para captação de gestos e expressões de pessoas que dão vida às animações.
OpenMocap é também o nome do primeiro software livre de captura de movimento no mundo. O projeto desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Fumec, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerias (Fapemig), do Conselho Nacional de Desenvolvimento de Pesquisa Científico e Tecnológico (CNPq) e da Funarte. A equipe está trabalhando no aprimoramento do sistema, que estará pronto para lançamento em um portal da web na primeira quinzena de dezembro. O software livre estará disponível para desenvolvedores que queiram criar tendo o projeto como ponto de partida. João Victor Gomide, coordenador do OpenMoCap, ressalta que “estudos como esse são pioneiros no Brasil e é praticamente inexistente um histórico de pesquisa na área de animação”.
O script do game, que conta a história de um grupo de astronautas em uma missão à Lua, foi pensado pelo coordenador João Victor Gomide. A proposta conta ainda com a colaboração do desenvolvedor David Lunardi Flam e do coordenador do Núcleo de Processamento Digital de Imagens da UFMG, professor Arnaldo de Albuquerque. O joguinho, em princípio, estará disponível na Apple Store a partir de julho de 2012.
Desafio
A técnica mais utilizada atualmente consiste na utilização de marcadores, posicionados nas articulações da pessoa, para capturar os movimentos. Essa captação pode ser feita por três métodos: mapeamento do campo magnético, por inércia ou por câmeras. No caso do OpenMocap (veja quadro na página 3), o processo utilizado é o de câmeras, por garantir mais liberdade para o movimento. Os marcadores são responsáveis por determinar a orientação de uma junção e distinção entre direita e esquerda. Quanto mais pontos, mais detalhamento e realismo. Mas o número deles depende da capacidade de processamento do computador.
Gomide conta que há dez anos estuda efeitos visuais, mas foi em 2007 que ele começou a desenvolver o software. O maior desafio, segundo ele, foi escolher a linguagem de programação. “Fizemos um programa modular, por etapas. Dessa forma, será mais fácil para que os desenvolvedores voluntários criem a partir do que já oferecemos”, explica o coordenador sobre o programa. Os desenvolvedores do OpenMocap já têm em andamento projeto de uma peça teatral com o Giramundo Teatro de Bonecos e um curta-metragem com o grupo de teatro Galpão. Além do projeto do OpenMocap, pesquisas de biomecânica para o aperfeiçoamento de esportistas e músicos e até o emprego do recurso em casos de reabilitação física são algumas das recentes experiências na área.
OpenMocap é também o nome do primeiro software livre de captura de movimento no mundo. O projeto desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Fumec, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerias (Fapemig), do Conselho Nacional de Desenvolvimento de Pesquisa Científico e Tecnológico (CNPq) e da Funarte. A equipe está trabalhando no aprimoramento do sistema, que estará pronto para lançamento em um portal da web na primeira quinzena de dezembro. O software livre estará disponível para desenvolvedores que queiram criar tendo o projeto como ponto de partida. João Victor Gomide, coordenador do OpenMoCap, ressalta que “estudos como esse são pioneiros no Brasil e é praticamente inexistente um histórico de pesquisa na área de animação”.
O script do game, que conta a história de um grupo de astronautas em uma missão à Lua, foi pensado pelo coordenador João Victor Gomide. A proposta conta ainda com a colaboração do desenvolvedor David Lunardi Flam e do coordenador do Núcleo de Processamento Digital de Imagens da UFMG, professor Arnaldo de Albuquerque. O joguinho, em princípio, estará disponível na Apple Store a partir de julho de 2012.
Desafio
A técnica mais utilizada atualmente consiste na utilização de marcadores, posicionados nas articulações da pessoa, para capturar os movimentos. Essa captação pode ser feita por três métodos: mapeamento do campo magnético, por inércia ou por câmeras. No caso do OpenMocap (veja quadro na página 3), o processo utilizado é o de câmeras, por garantir mais liberdade para o movimento. Os marcadores são responsáveis por determinar a orientação de uma junção e distinção entre direita e esquerda. Quanto mais pontos, mais detalhamento e realismo. Mas o número deles depende da capacidade de processamento do computador.
Gomide conta que há dez anos estuda efeitos visuais, mas foi em 2007 que ele começou a desenvolver o software. O maior desafio, segundo ele, foi escolher a linguagem de programação. “Fizemos um programa modular, por etapas. Dessa forma, será mais fácil para que os desenvolvedores voluntários criem a partir do que já oferecemos”, explica o coordenador sobre o programa. Os desenvolvedores do OpenMocap já têm em andamento projeto de uma peça teatral com o Giramundo Teatro de Bonecos e um curta-metragem com o grupo de teatro Galpão. Além do projeto do OpenMocap, pesquisas de biomecânica para o aperfeiçoamento de esportistas e músicos e até o emprego do recurso em casos de reabilitação física são algumas das recentes experiências na área.