Paris – Um grão microscópico do mineral mais antigo da Terra foi datado com 4,4 bilhões de anos de idade, revelando detalhes sobre a infância do nosso planeta e de como ele se tornou propício para a vida, anunciaram cientistas. A descoberta prova que a Terra se manteve como uma bola indomável, coberta por um oceano de magma por um período de tempo mais curto após sua criação do que se pensava anteriormente.
Acredita-se que a Terra tenha se formado cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, mas pouco se sabe sobre seus primeiros anos, particularmente quando se tornou fria o suficiente para que a crosta pudesse se solidificar a partir da rocha fundida e para que a água se formasse. Alguns afirmam que teriam sido necessários 600 milhões de anos para o resfriamento. Mas a descoberta, nas últimas décadas, de cristais de zircão, alguns com cerca de 4,4 bilhões de anos, pôs em dúvida essa teoria, mesmo que a idade dos minerais não tenha sido provada conclusivamente. Até agora.
O novo estudo, publicado no domingo, confirma que os grãos de zircão coletados da região de Jack Hills, no Oeste da Austrália, cristalizaram-se na época da formação da crosta terrestre, há 4,374 bilhões de anos, segundo seus autores. A datação é 160 milhões de anos após a criação da Terra e de outros planetas do nosso sistema solar, “muito mais cedo do que se acreditava anteriormente”, segundo o estudo.
As descobertas fortalecem a teoria de uma Terra primitiva fria, com temperaturas baixas o suficiente para permitir que água em estado líquido, oceanos e uma hidrosfera – massa combinada de água no planeta – se formassem não muito tempo depois da crosta, durante um período conhecido como Hadeano. “O estudo reforça nossa conclusão de que a Terra teve uma hidrosfera antes de 4,3 bilhões de anos e possivelmente abrigou vida não muito tempo depois disso”, afirmou o co-autor do estudo, John Valley, geoquímico da Universidade do Wisconsin.
O estudo foi realizado com uma nova técnica, chamada tomografia de sonda atômica, que poderia determinar com precisão a idade do minúsculo fragmento mineral ao medir átomos individuais de chumbo contidos nele. Devido à sua durabilidade, o zircão pode resistir a bilhões de anos de erosão e permanecer quimicamente intacto, contendo uma riqueza de informação geológica. Ele foi encontrado armazenado em rochas mais jovens e até mesmo na areia. “Este novo conhecimento sobre quando a Terra esfriou também pode nos ajudar a entender como outros planetas habitáveis se formariam”, disse Valley.
Acredita-se que a Terra tenha se formado cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, mas pouco se sabe sobre seus primeiros anos, particularmente quando se tornou fria o suficiente para que a crosta pudesse se solidificar a partir da rocha fundida e para que a água se formasse. Alguns afirmam que teriam sido necessários 600 milhões de anos para o resfriamento. Mas a descoberta, nas últimas décadas, de cristais de zircão, alguns com cerca de 4,4 bilhões de anos, pôs em dúvida essa teoria, mesmo que a idade dos minerais não tenha sido provada conclusivamente. Até agora.
O novo estudo, publicado no domingo, confirma que os grãos de zircão coletados da região de Jack Hills, no Oeste da Austrália, cristalizaram-se na época da formação da crosta terrestre, há 4,374 bilhões de anos, segundo seus autores. A datação é 160 milhões de anos após a criação da Terra e de outros planetas do nosso sistema solar, “muito mais cedo do que se acreditava anteriormente”, segundo o estudo.
As descobertas fortalecem a teoria de uma Terra primitiva fria, com temperaturas baixas o suficiente para permitir que água em estado líquido, oceanos e uma hidrosfera – massa combinada de água no planeta – se formassem não muito tempo depois da crosta, durante um período conhecido como Hadeano. “O estudo reforça nossa conclusão de que a Terra teve uma hidrosfera antes de 4,3 bilhões de anos e possivelmente abrigou vida não muito tempo depois disso”, afirmou o co-autor do estudo, John Valley, geoquímico da Universidade do Wisconsin.
O estudo foi realizado com uma nova técnica, chamada tomografia de sonda atômica, que poderia determinar com precisão a idade do minúsculo fragmento mineral ao medir átomos individuais de chumbo contidos nele. Devido à sua durabilidade, o zircão pode resistir a bilhões de anos de erosão e permanecer quimicamente intacto, contendo uma riqueza de informação geológica. Ele foi encontrado armazenado em rochas mais jovens e até mesmo na areia. “Este novo conhecimento sobre quando a Terra esfriou também pode nos ajudar a entender como outros planetas habitáveis se formariam”, disse Valley.