Mercado financeiro exagera na dose de pessimismo?
O Ibovespa, o principal índice da B3, a bolsa de valores de São Paulo, deverá encerrar o quarto trimestre de 2024 com o pior desempenho desde 2014
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O Ibovespa, o principal índice da B3, a bolsa de valores de São Paulo, deverá encerrar o quarto trimestre de 2024 com o pior desempenho desde 2014, conforme levantamento da consultoria Elos Ayta. Por mais que a dívida pública brasileira esteja em trajetória ascendente, faz sentido questionar se o mercado financeiro está exagerando na dose de pessimismo. Em 2024, o desempenho do Ibovespa segue entre os piores do mundo e, a julgar pelas análises dos gestores de recursos, o cenário tende a se agravar. Ou seja, os investidores estão “precificando” uma crise de dimensões catastróficas. O Brasil, ressalve-se, não está em recessão – longe disso –, e os níveis de emprego permanecem elevados. Isso, por si só, deveria trazer algum alívio para os investidores. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney, afirmou que “há uma irracionalidade dos ativos financeiros.” Cabe aos gestores manter a cabeça no lugar.
Dólar a R$ 7? Para bancos, cenário é possível
A apreciação do dólar tem levado as instituições financeiras a rever as projeções para a cotação da moeda americana. E o cenário é alarmante. Segundo o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, o dólar chegará a R$ 6,50 no final de 2025 e a R$ 6,80 em 2026. A razão é uma velha conhecida: o descontrole da dívida pública brasileira. Recentemente, o Wells Fargo, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, publicou um relatório que aponta para a possibilidade de o dólar chegar a R$ 7 em 2026.
Brasileiros acreditam em um 2025 melhor
O que os brasileiros esperam de 2025? De acordo com um estudo exclusivo realizado pelo VTrends, hub de pesquisas da operadora Vivo, três em cada quatro acreditam que o próximo ano será melhor do que 2024. Para o novo ciclo, 71% dos entrevistados afirmaram que desejam cuidar mais da saúde física ou mental e 48% planejam ter mais tempo para fazer o que gostam. Já 45% dos consultados apontam que viajar está entre os planos, enquanto 42% querem focar nas relações com aqueles que amam.
Ameaçadas por chinesas, Honda e Nissan avaliam fusão
O avanço dos carros chineses em diversos mercados pelo mundo está alterando o jogo de forças do setor. Nesta semana, a imprensa japonesa informou que as montadoras locais Honda e Nissan negociam a fusão de suas operações para enfrentar a concorrência dos fabricantes da China. É um negócio de peso: elas ocupam, respectivamente, a vice-liderança e a terceira posição do mercado japonês, atrás da Toyota. Honda e Nissan apostam no compartilhamento de projetos no segmento de veículos elétricos.
Rapidinhas
O mercado de luxo sofre com as mudanças de comportamento. Nos últimos dois anos, segundo pesquisa da consultoria Bain&Company, o segmento perdeu 50 milhões de consumidores. A razão é que a geração Z – aqueles nascidos entre 1995 e 2000 – prioriza consumir experiências como viagens ou fazer cursos em vez de comprar mercadorias.
O grupo AgroGalaxy, varejista de insumos para o agronegócio, adiou, mais uma vez, a divulgação da balança referente ao terceiro trimestre de 2024. “O adiamento decorre exclusivamente do processo de reestruturação interna realizado pela companhia após o pedido de recuperação judicial”, informou a empresa em comunicado ao mercado.
A brasileira BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, comprou 50% da Gelprime, empresa especializada na produção de gelatina e colágeno, por R$ 312,5 milhões. Atualmente, a Gelprime detêm 2% desse mercado no mundo, mas a meta da BRF é aumentar a participação para pelo menos 5% num curto espaço de tempo.
Uma pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo constatou que quase a metade dos brasileiros (47%) pretende comprar presentes de Natal. Entre os entrevistados, 35% disseram que deverão gastar mais do que em 2023. Os resultados positivos refletem os bons índices de emprego e o consequente aumento da renda.
“O dinheiro pode abrir portas, mas o que realmente importa é como você usa sua influência para mudar vidas”
Serena Williams, ex-tenista americana e vencedora de 23 torneios de Grand Slam em simples
R$ 9,3 trilhões
é o patrimônio líquido da indústria brasileira de fundos de investimentos. Segundo a Anbima, entidade reguladora do setor, o número representa um crescimento de 247% nos últimos 10 anos