Amauri Segalla
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Tarifas de Trump preocupam setor, mas governo vê efeito limitado

Em relatório publicado ontem, o Ministério da Fazenda afirmou que as novas regras nos Estados Unidos terão pouco impacto para o país

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As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao aço brasileiro não parecem ser motivo de preocupação para o governo. Em relatório publicado ontem, o Ministério da Fazenda afirmou que as novas regras terão pouco impacto para o país. “As exportações brasileiras de produtos de ferro, aço e alumínio para os Estados Unidos corresponderam a apenas 1,9% do valor total exportado pelo Brasil em 2024, mas a 40,8% do valor total de ferro, aço e alumínio exportado”, diz o documento. “Nesse sentido, tarifas de 25% sobre importações de produtos de ferro, aço e alumínio devem ter impactos relevantes na indústria de metalurgia, porém limitados no total das exportações e no PIB brasileiro.” A guerra, contudo, está longe de acabar. Ontem, Trump assinou um memorando que determina a cobrança de tarifas recíprocas a países que cobram taxas de importação de produtos americanos. O etanol brasileiro é um dos alvos do republicano.

 

 

Brasil está entre os países que mais taxam produtos americanos

Na guerra das tarifas comerciais, o Brasil não tem bons exemplos a oferecer para o mundo. Segundo levantamento da agência Reuters, somos um dos países que aplicam as maiores tarifas sobre os produtos americanos, com uma alíquota média de 11%. Entre as 15 nações analisadas, só perdemos para a Índia (média de 17%) e para a Coreia do Sul (13%). Ou seja, a política de reciprocidade tarifária representa, de fato, um risco para a economia brasileira, já que somos protecionistas por tradição.

 

BYD avança no Brasil e entra no top 10 das montadoras

Depois do sólido desempenho em 2024, a montadora chinesa BYD iniciou 2025 em ritmo forte no mercado brasileiro. Em janeiro, as vendas da empresa avançaram expressivos 53% em relação ao mesmo mês do ano passado, para um total de aproximadamente 6 mil carros emplacados. Com isso, a BYD assumiu o inédito posto de nona maior marca do país. As três primeiras posições permanecem inalteradas em comparação a 2024: a Fiat segue na liderança, à frente de Volkswagen e Chevrolet.

Após impasse, Honda, Nissan e Mitsubishi encerram negociações de fusão

As montadoras japonesas Honda, Nissan e Mitsubishi encerraram de vez as negociações para integrar as suas operações, depois de pelo menos seis meses de conversas. Inicialmente, elas planejavam criar uma holding conjunta, mas surgiram divergências quando a Honda propôs transformar a Nissan em sua subsidiária – o que foi prontamente rejeitado pelo CEO da empresa, Makoto Uchida. A Nissan, ressalve-se, tem enfrentado dificuldades nos últimos anos, com perdas financeiras e queda nas vendas.

 

 

4,7%

foi quanto cresceu o comércio varejista brasileiro em 2024. Segundo o IBGE, trata-se do melhor resultado anual desde 2012. Em 2025, contudo, o varejo deverá perder força

Rapidinhas

  • A japonesa Sony vendeu 9,5 milhões de unidades do PlayStation 5 no terceiro trimestre de 2024, um aumento de 150% em relação aos três meses anteriores. Agora, a rede PlayStation contabiliza 129 milhões de usuários mensais ativos, um recorde na história da empresa. O mercado global de games cresce sem parar há pelo menos uma década.
  • Com o calor recorde, a demanda por energia aumenta no Brasil. Na tarde da última terça-feira, quando as temperaturas alcançaram novas máximas, o Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu um novo recorde de carga instantânea, o que se deve ao grande número de aparelhos elétricos ligados ao mesmo tempo. E o calor vai continuar.
  • O ano de 2025 deverá representar um marco para o mercado de shopping centers no Brasil. A Abrasce, associação que reúne as empresas do setor, diz que 25 shoppings serão inaugurados no país, quase o triplo das nove unidades inauguradas em 2024. No ano passado, o mercado de shoppings movimentou R$ 198,4 bilhões, um recorde.
  • Em 2024, as montadoras no Brasil liberaram R$ 274 bilhões em financiamentos de veículos, o que representou um aumento de 28% em relação a 2023, conforme dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF). A estratégia de facilitar o crédito foi fundamental para impulsionar as vendas.

“Tudo o que aconteceu é muito bom, o desemprego está baixo, mas é um sonho, a festa acabou, e o Banco Central não faz milagres. O paciente está na UTI, e o mix macroeconômico precisa mudar, mas isso não parece estar na agenda”

Armínio Fraga
Que presidiu o BC no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, em crítica à pauta econômica do governo Lula



 
 

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