
Ovo vira o novo vilão do bolso dos brasileiros
Muitas pessoas passaram a comprar mais ovo – alimentando, assim, a inflação – porque a carne está cara. O presidente Lula mexerá no preço dela também?
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Um fantasma assombra a economia brasileira, e o país não tem conseguido deter o seu avanço. Trata-se da inflação, especialmente a dos alimentos, que insiste em mostrar a sua força. Agora, o novo símbolo da disparada inflacionária é um item um tanto prosaico, mas presente na mesa de praticamente todos os brasileiros: o ovo.
- Lula: "O ovo tá caro mesmo, é um absurdo"
- Por que o preço dos ovos nos EUA disparou e até os supermercados estão racionando suas compras
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), nos últimos 30 dias o preço do ovo branco no atacado subiu 62%. O vermelho também encareceu muito, com alta de 55%. Assombrado com os valores, o presidente Lula disse que poderá tomar a pior medida possível. Uma das ideias é convocar os supermercadistas para “trazer isso para baixo”, conforme disse o petista. Mas o problema é conjuntural. Muitas pessoas passaram a comprar mais ovo – alimentando, assim, a inflação – porque a carne está cara. O presidente mexerá no preço dela também?
“É uma bobagem”Presidente Lula, revelando desinteresse pelo equilíbrio das contas públicas, ao ser perguntado sobre a necessidade de corte de gastos em seu governo
Gerdau ameaça reduzir investimentos no Brasil
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck (foto), mandou um recado indigesto ao presidente Lula. Em conversa com jornalistas, Werneck afirmou que, se o governo brasileiro não implementar medidas de proteção à indústria de aço, a empresa deverá rever sua política de investimentos no país. “O tempo está passando e precisamos confirmar, ou não, os investimentos dos próximos anos”, disse. O executivo lembrou que China tem um excedente de capacidade produtiva e subsidia a atividade industrial com dinheiro público.
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Sem Parar amplia serviços digitais com a compra da startup Gringo
Dono de quase 60% do mercado de tags para veículos no Brasil, o Sem Parar assinou um acordo para comprar a startup brasileira Gringo, responsável por um aplicativo que auxilia motoristas na gestão de documentos e pagamentos. Com o movimento, a empresa reforça seu portfólio de serviços digitais, incorporando um app com mais de 20 milhões de downloads. Atualmente, 7,5 milhões de veículos que rodam pelo país estão equipados com a tag do Sem Parar. O valor da transação não foi revelado.
YvY Capital, de Paulo Guedes, recebe aporte do banco suíço UBS
O ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes (foto), está feliz da vida. Nesta semana, o banco suíço UBS assinou um acordo para comprar uma participação minoritária na gestora de recursos YvY Capital, que tem Guedes entre os sócios. Com isso, a YvY Capital ganha musculatura para crescer. Especializada em investimentos em áreas como segurança alimentar, transição energética e descarbonização, a gestora também tem entre os sócios o ex-presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
Rapidinhas
- O Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) recebeu um simulador de combate a incêndio em realidade virtual imersiva. A tecnologia, inédita na empresa, será utilizada para o treinamento de brigadistas e foi desenvolvida pelo programa Petrobras Conexões para Inovação, cujo módulo “Startups” contabiliza R$ 54 milhões em contratos assinados.
- A Petrobras é uma das principais investidoras em inovação aberta do país. No módulo “Startups”, as empresas selecionadas recebem suporte financeiro e apoio do corpo técnico da empresa, e o projeto pode ser escolhido para uma etapa de implantação. Além disso, as companhias têm acesso a testes reais das tecnologias.
- O Brasil deverá liderar o crescimento da produção global de suco de laranja na safra 2024/25 e responder por aproximadamente 70% das exportações da commodity, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Esses e outros dados estão disponíveis no Agro Mensal, relatório preparado Consultoria Agro do Itaú BBA.
- A montadora americana de carros elétricos Nikola declarou falência após anunciar que não tem caixa para seguir as atividades em 2025. O setor está com o pé no freio. Segundo levantamento do jornal The Wall Street Journal, 54 empresas do setor – entre montadoras e fabricantes de baterias – estão em dificuldades.
5%
foi quanto caiu a procura por crédito no Brasil em dezembro versus o mesmo mês do ano anterior, segundo estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Segundo a entidade, os consumidores estão “mais prudentes”
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.