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Anna Marina*
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EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Planeje as festas de fim de ano para não ficar no vermelho

Especialista dá dicas para o controle de despesas às vésperas do Natal e do ano-novo. O primeiro passo é definir o teto de gastos

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As comemorações de fim de ano são uma delícia, mas acabamos perdendo o controle dos gastos. Quando vemos, estamos no vermelho, mesmo depois de receber o 13º salário. Só para vocês terem uma noção, o total de lares brasileiros endividados chegou a 78%, segundo dados recentes da Fecomércio.

 

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Para Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal online, muitos fatores podem tirar o orçamento da rota.

 

 

“Black friday, amigo-oculto, confraternizações, viagens em família, compra de presentes, ceias de Natal e ano-novo. Se não houver planejamento e cuidado, uma pessoa pode, sem perceber, iniciar 2025 com dívidas que comprometerão a renda por meses”, diz.

 

A seguir, ela dá dicas para evitar esse problemão:

 

Defina um teto de gastos. Em vez de sair comprando decorações natalinas, presentes e fazer despesas não planejadas, aja de outra forma. Depois de colocar no papel dívidas e gastos previstos, veja o que sobra para o final de ano. Estabeleça o limite de quanto poderá gastar e assuma esse compromisso consigo mesmo.

 

 

Use jogo de cintura para organizar a ceia. “Todo mundo quer economizar. Então, qualquer ideia que reduza gastos das festas de final de ano será bem-vinda por todos”, diz a especialista.

 

A velha prática do “cada um traz um prato e o que vai beber” é bom caminho para diminuir o custo da ceia e evitar desperdício. A mesma filosofia serve para o presente. Em famílias grandes, propor amigo-oculto faz com que cada pessoa gaste com apenas um item, enquanto todo mundo é presenteado.

 

Faça a lista de presentes e não compre por impulso. O espírito festivo faz as pessoas se animarem na hora de consumir. Thaíne alerta que o momento exige atenção redobrada, pois o apelo comercial também é mais forte. Atenha-se à lista e pesquise bem antes de decidir onde comprar, pois há muita diferença de preços entre as lojas.

 

 

Evite novos parcelamentos. A taxa média de juros anuais do cartão de crédito no Brasil é de 455,1%, mas pode alcançar 800% em alguns casos.

 

Se você já tem parte da renda comprometida com dívidas, a pior coisa é assumir novas parcelas. Além de se ater ao teto que estipulou para as festas de final de ano, prefira pagamentos à vista. Evite usar cheque especial e o crédito rotativo do cartão.

 

Planeje a viagem da família com antecedência. Vá pagando aos poucos, para não pesar no orçamento. Se não fez isso, considere a possibilidade de viajar na baixa temporada, se for uma opção. Outra saída é abrir mão de viajar no fim do ano e começar agora a organizar a viagem nas férias de julho, pois as chances de encontrar bons pacotes e preços em conta são maiores.

 

Avalie a conveniência de renegociar as dívidas. Em alguns casos, pode ser interessante transformar todas as dívidas em uma só, com parcela que seja “saudável” para a renda da família.

 

“Hoje, as facilidades para renegociar dívidas são maiores e os juros muito menores do que aqueles do cheque especial e do cartão de crédito”, diz Thaíne Clemente. O mercado tem interesse nisso para diminuir a inadimplência e ter crédito rodando, estimulando a economia.

 

 

Se a família tem dívidas diversas com credores diferentes, pode ser conveniente unificá-las junto ao credor único, com parcela que não comprometa parte tão grande do orçamento mensal. Mas isso deve ser feito como forma de quitar dívidas com tranquilidade, não como um meio de fazer sobrar renda para novas dívidas”, enfatiza a especialista.

*Isabela Teixeira da Costa/ Interina

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