Ex-participante do BBB 24, Alane, apresentou cena típica de pessoa com baixa tolerância à frustração, quando foi comunicada que era a próxima eliminada, deixando claro os riscos desse tipo de programa para a saúde mental  -  (crédito: Divulgação/TV Globo)

Ex-participante do BBB 24, Alane, apresentou cena típica de pessoa com baixa tolerância à frustração, quando foi comunicada que era a próxima eliminada, deixando claro os riscos desse tipo de programa para a saúde mental

crédito: Divulgação/TV Globo

O Big Brother Brasil (BBB 24) acabou, contudo, ainda continua os burburinhos nas redes sociais e uma das polêmicas em evidência ocorreu com a última eliminação, no caso, da Alane. O vídeo com a reação dela, ao ser comunicada da saída, ainda segue provocando diversas reações e comentários na internet. Afinal, ao ser informada, a bailarina de 25 anos, nascida em Belém do Pará, se desesperou, gritou e se debateu, fazendo autocríticas. Os outros três participantes ficaram assustados com a situação.


A verdade é que fatos como esse estão ligados a uma baixa tolerância à frustração, decorrente de situações que acabam saindo do controle, devido a outros finais, imaginados previamente pela pessoa e, ao perceber que os acontecimentos tiveram um caminho diferente, fica angustiada.


Ela esperava ganhar o prêmio, contudo com a eliminação, acreditou que não era digna de chegar à final e ser vencedora do prêmio milionário. Ou seja, os planos foram encerrados, dias antes do término do reality, através da votação do público. O histórico como bailarina, desde a infância, foi apontado como um possível motivo para o surto, a rotina é baseada na constância, repetição e a busca pela perfeição.

 

 

A baixa tolerância à frustração leva a esse tipo de teatro psíquico, em que o indivíduo crê não possuir um propósito, ser suficiente ou bom em nada que se propõe a fazer. A situação é uma prova de vitimismo, cujo desejo é ganhar uma segunda chance.


Vários sinais indicam a condição, como o ato de adiar ou desistir de tarefas, frequentemente, acreditando ser difícil, evitar aborrecimento, angústia e o medo de falhar, sentir desconfortos extremos de forma temporária, ter tentativas impulsivas de consertar as coisas por impaciência, desejar gratificação imediata e o surgimento de irritação ou raiva frequentes por contratempos cotidianos.

 


É possível perceber que ter baixa tolerância provoca diversas limitações e, por esse motivo, é importante buscar ajuda profissional para trabalhar essas questões, garantindo mais equilíbrio e inteligência emocional e, consequentemente, bem-estar.


O acontecimento ainda cria um momento de reflexão sobre o processo de seleção dos participantes do programa, que, segundo informações, passam por uma análise psicológica, no entanto, até que ponto existem limitações para essa entrada? O interesse da produção é ver o “circo pegar fogo”, porque acontecimentos assim, apesar de preocupantes, movimentam a audiência.