Erick Augusto cruzou os 70m que separam dois edifícios no Centro de BH, parceria do Coletivo Highline Feelings com o Cura -  (crédito: divulgação)

Erick Augusto cruzou os 70m que separam dois edifícios no Centro de BH, parceria do Coletivo Highline Feelings com o Cura

crédito: divulgação

 

Mesmo com experiência de 14 anos no slackline, esporte de equilíbrio em que o praticante cruza dois pontos sobre uma fita de 25 centímetros de largura, a cada desafio, Erick Augusto, do Coletivo Highline Feelings, sente-se como se estivesse ali pela primeira vez. Não foi diferente, nos últimos dois finais de semana, quando ele cruzou, "várias vezes",  os 70 metros que separavam os edifícios Leblon (Avenida Amazonas, 1.054) e Pignataro (Avenida Augusto de Lima, 869), na Praça Raul Soares, a cerca de 140 metros de altura, o que corresponde a mais ou menos um prédio de 30 andares. "Mas para nós, atletas, foi a realização de um sonho", garante ele, revelando que, desde a idealização da proposta para fazer a travessia na altura, no Centro de BH, foram quatro anos de luta para vencer burocracias, exigências técnicas e de segurança de órgão público e de liberação dos prédios pelos síndicos. "Foi uma sensação satisfatória de realizar um projeto como esse", comemora, ainda querendo curtir as lembranças do fim de semana e, por enquanto, sem dizer seu próximo desafio.

 

 

 

 

HIGHLINE URBANO

Erick conta que a proposta de atravessar os prédios na Praça Raul Soares foi realizada em parceria com o Cura – Circuito Urbano de Arte. "O projeto é muito legal e um dos maiores festivais de arte a céu aberto do mundo, e tem como iniciativa pintar as empenas, laterais dos prédios sem janelas e aberturas. Eles colorem o centro urbano de uma maneira que fica muito bonito. As pessoas têm oportunidade de observar obras de artistas do mundo todo", diz ele. Este ano participaram do Cura: Clara Valente (BH), Liça Pataxoop (da aldeia Muã Mimatxi, de Itapecerica/MG) e Bahati Simoens (belga congolesa).

 

 

GARCÍA MÁRQUEZ

O espetáculo "Velhos caem do céu como canivetes", inspirado no conto do colombiano Gabriel García Márquez, será encenado pela primeira vez na capital mineira durante a turnê da Pequena Companhia de Teatro, que começa em 15 de novembro, no Centro Cultural Banco do Brasil. A turnê marca os 11 anos do espetáculo da trupe maranhense. Durante a temporada, que segue até 9 de dezembro, o público poderá visitar a exposição “Pequena mostra de teatro”, retratando a trajetória, pesquisa e desenvolvimento do grupo teatral do Maranhão ao longo de quase 20 anos de existência.

 

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 HIP-HOP

“A estética do encontro”,primeiro livro de Lola Peroni, será lançado amanhã (7/11) na Galeria Corda, no Mercado Novo (Avenida Olegário Maciel, 742 – Centro). A publicação é fruto da sua pesquisa de mestrado, por meio da qual recebeu o título de mestre, em 2023, pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Lola conecta sua trajetória na cultura hip-hop de Belo Horizonte com o saber e a vivência de Gil Amâncio, mestre da cultura popular mineira, propondo novas formas de pensar a performance. O livro propõe, a partir do espetáculo “Blacktronic”, dirigido por Gil Amâncio, um diálogo entre os conceitos de performance, ritual, danças urbanas e cultura hip-hop. Lola Peroni é também produtora cultural em Belo Horizonte, fazendo parte da produção de festivais como Palco Hip-Hop, Sarará, Cura e Mamu, e do carnaval de BH, entre outros. Foi dançarina de hip-hop durante 14 anos, atuando como jurada, intérprete e bailarina em espetáculos e eventos no Brasil.

 

 

POESIA

Maria Manoela Pastor, jornalista, escritora e poetisa, marcou para sábado (9/11) o lançamento do livro “Varal de poesias”. A obra reúne mais de 70 poemas que abordam situações do dia a dia, os caminhos da vida e do amor, reflexões sobre como pensar, agir e viver melhor, ser mais feliz, mesmo diante das tantas dificuldades do mundo de hoje. O livro foi publicado pelo selo independente Toca do Poeta, de Porto Alegre, após participação da autora em uma oficina on-line de Poesia e letra de música dessa editora. Além do livro, o “Varal de poesias” prevê poemas declamados por atores profissionais e poemas musicados, das 11h às 13h, na Livraria e Cafeteria Laço (Rua Sergipe, 43, Funcionários).

 

 

ARTESANIA DO PAPEL

As artistas Heloísa Trindade, a Lolô, Lúcia Dias e Márcia Meyer estão a todo vapor com a produção e curadoria da 26ª edição da Artesania do Papel, feira belo-horizontina que, desde 2003, reúne grandes nomes da arte em papel do estado. O evento acontecerá em 23 e 24 de novembro no, 3º piso do Mercado Novo. Desta vez, além de papelaria, os visitantes vão poder apreciar peças em cerâmica e madeira feitas por artistas renomados. Entre os convidados, estão os ceramistas Sebastião Pimenta e Erli Fantini. Designer pela Uemg e artista plástico pela Universidade de Sendai (Japão), Pimenta mantém ateliê em Governador Valadares, tem trabalhos premiados no Japão e na China, sendo apreciado em vários países. Erli Fantini, do Bairro Santa Tereza, é considerada a mãe da cerâmica em BH, por formar gerações de artistas. Também presentes estarão as pintoras Selma e Leonora Weissmann, mãe e filha. Na madeira, o destaque vai para Agnaldo Pinho, que irá expor seus famosos bonecos. No total, serão 74 expositores.


DONINHAS DE LAVRAS NOVAS

Grupos como o Ceramistas do Elvas, de Tiradentes, formado por mulheres artesãs, também vão mostrar peças na Artesania do Papel, assim como o Doninhas de Lavras Novas, distrito de Ouro Preto. Esse último grupo é formado por homens – que criam cestas – e mulheres que bordam. De Belo Horizonte, participa a Bambuzeria Kilombo Souza, de Santa Tereza. Outra novidade é a participação do artista Raphael Souza, do ateliê Juvenal AD, que desenvolve peças de design com foco no resgate dos processos produtivos menos tecnológicos.