Teatro é assunto no verão da capital mineira há 50 anos
Campanha de popularização oferece espetáculo com ingressos a preços que cabem no bolso e completa cinco décadas de realização
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Foi nos anos 1970 que tudo começou. Kombis espalhadas pela cidade vendiam ingressos a preços populares para levar o público aos teatros. Deu tão certo que a então Campanha de Popularização do Teatro – hoje Campanha de Popularização do Teatro e da Dança – completa 50 anos. A coluna buscou nos arquivos do Estado de Minas os primeiros registros do projeto, que, naquela época, era promovido pelo extinto Ministério da Educação e Cultura, através do Serviço Nacional do Teatro, DAC e Funarte, com o apoio da Caixa Econômica Federal. Atualmente, a produção do evento é assinada pelo Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais, o Sinparc.
• INGRESSOS BARATINHOS
Em reportagem do EM de 15 de dezembro de 1977, a venda dos ingressos para a terceira edição da campanha seria feita nas kombis-bilheteria, daí o apelido de campanha das kombis, que acompanhou o projeto por alguns anos. Os ingressos, na época, custavam Cr$ 15 para espetáculos adultos e Cr$ 10, infantil. Valores que hoje equivaleriam mais ou menos a R$ 7,77 e R$ 5,18, respectivamente. Para a 50ª campanha, os ingressos podem ser adquiridos a R$ 25 no site www.vaaoteatro.com.br.
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• DE OITO PARA 14
Segundo a reportagem do EM, em 1977, os resultados da terceira edição já eram considerados auspiciosos. "Basta lembrar, por exemplo, que no ano anterior eram apenas oito as opções oferecidas, no passo que este ano o nosso público pode optar por 14 montagens, todas de alto nível." A matéria citava os nomes das peças e onde poderiam ser vistas. Alguns espaços já não existem mais, alguns diretores continuam em cena e clássicos estavam na programação.
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• PROGRAMAÇÃO
Entre as peças, “Victor ou as crianças no poder”, de Roger Vitrac, com direção de Lilian Fleury, no Teatro La Taberna, que não existe mais; “Álbum de família”, de Nelson Rodrigues, com direção de José Mayer (ator que fez sucesso na Rede Globo), no Senac; “Um inimigo do povo”, de Ibsen, com direção de Walmir José, no Teatro AMI; “A exceção e a regra”, de Bertold Brecht, com direção de Belisário Barros, no teatro DCE – Federal (Rua Gonçalves Dias); “A venerável Madame Gonenux”, de João Bettencourt, com direção de Ademar Guerra, no Teatro Francisco Nunes; “A morta”, de Oswaldo de Andrade, com direção de Beré Lucas, no DCE – Católica; “Completamente Só”, de Terence Ratingran, com direção de Geraldo Magela, no Teatro AMI; “O marinheiro”, de Fernando Pessoa, com Júlio Mackenzie, no Teatro do MAI (Av. Brasil); e "Viva Olegário", de Lula Carlos Cardoso, com direção de Eid Ribeiro, no Teatro Marília. Eid está na campanha deste ano com a peça "Fim de partida".
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• CRIANÇAS
Para a garotada na época, "Alegria na pracinha", de D. Carito de Sevilha, dirigida por Alberto Sena, no DCE – Católica; "O cágado e a fruta", de Pernambuco de Oliveira, dirigida por Toninho da Crus, no Teatro AMI; "Quem roubou a perna do Sacy", texto e direção de Rodrigo Leste, no teatro Senac; “Lampiaço, o Rei do Cangão", de Walmir José, dirigida por Luiza Clotilde, no Izabela Hendrix; e "Zé Capim", de Ricardo Filgueiras, dirigida por Magih, no DCB – Federal.
• ESTREIAS E REAPRESENTAÇÕES
Este ano, estão em cartaz 195 espetáculos. No teatro adulto, são 121 peças (37 estreantes e 84 reapresentações). Montagens infantis somam 60 (25 estreantes e 35 reapresentações), além de 11 espetáculos de dança (cinco estreantes e seis reapresentações) e três stand ups.