Barreal (E) e Marlon comemoram um dos gols da Raposa na goleada por 3 a 0 sobre o Corinthians
 -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)

Barreal (E) e Marlon comemoram um dos gols da Raposa na goleada por 3 a 0 sobre o Corinthians

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press

O Cruzeiro enfrenta o Bragantino, hoje, às 16h, no Independência. Uma pena que o jogo não será no Mineirão, onde haverá um show. Se fosse na “Toca 3”, como a torcida gosta de chamar o Gigante da Pampulha, teríamos mais de 60 mil pagantes. Com 26 pontos e um jogo a menos, contra o Inter, por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, está a sete pontos do líder Botafogo, mas poderia estar com 29 pontos e apenas a quatro pontos do time da estrela solitária. Por isso mesmo, vejo o time azul disputando a taça, pois não há equipe referência no Brasileirão. O Flamengo, tido e havido como o “Real Madrid brasileiro”, por conta da sua situação financeira, é um bando em campo, sob o comando do péssimo Tite. Perdeu cinco pontos para Cuiabá e Fortaleza, no Maracanã. E não me venham com a desculpa de que o rubro-negro está desfalcado, pois tem, teoricamente, dois excelentes jogadores por posição. O time é mesmo mal treinado, só não enxerga quem não quer.

 


A única equipe que mantém a regularidade mesmo é o Palmeiras, muito bem dirigido por Abel Ferreira, aliás, o técnico mais bem pago do país, com R$ 3,3 milhões mensais. Tite ganha metade do português, mas não merece. É um “encantador de serpentes”. Muita gente me pergunta o motivo de eu não gostar dele. Simples: seis anos de fracasso na Seleção Brasileira, sendo eliminado dos Mundiais de 2018 e 2022 por duas seleções de segunda linha do futebol mundial. Discurso prolixo e mentiroso. O Flamengo joga com o freio de mão puxado, uma equipe que gasta R$ 500 milhões em folha salarial, por ano, e apresenta esse péssimo futebol. Tite rebaixou o Atlético e sujou sua história. Só deu certo no Corinthians, time do seu amigo-irmão, Lula. Não precisa falar mais nada, não é gente?

 

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Deixando esse “fanfarrão” de lado, vamos falar de coisa boa. O Cruzeiro poderá estrear, hoje, os jogadores que Seabra desejar. Exceto Peralta, todos os contratados já estão inscritos no BID e em condições de jogo. O Cruzeiro gastou quase R$ 200 milhões em contratações: Cássio, Jonathan Jesus, Wallace, Matheus Henrique, Kaio Jorge, Lautaro Diaz, Peralta e Matheus Pereira (que teve seu contrato assinado e a negociação com os árabes concretizada). Tudo isso graças ao trabalho de Pedro Lourenço, dono do clube e torcedor. Tirou dinheiro do próprio bolso para colocar o time celeste no seu lugar de origem. Claro que os “anti piram”, pois imaginavam ver o Cruzeiro na lama por muito tempo. Se deram mal. A gestão agora é outra e tem como equipe de trabalho os cruzeirenses de verdade, e não corintianos. Pedro Lourenço (presidente e dono). Pedro Junio (vice-presidente). Alexandre Mattos (CEO), Edu Dracena (executivo), Paulo Pelaipe (executivo), além de ter na base os ex-jogadores Adílson Batista, Célio Lúcio e Fabrício, todos campeoníssimos com o clube e com o DNA azul. A banda agora toca diferente. Há razão no trabalho, mas muita paixão envolvida. O Cruzeiro é candidato ao título, sim, queiram ou não os adversários.


E tem mais: a campanha é espetacular, sem a presença de nenhum dos reforços, exceto Matheus Pereira, que aliás é o melhor camisa 10 do país, mas precisa entender que ele não é o Zidane. É um excelente jogador, mas precisa se ligar mais no jogo. Com um meio-campo formado por Wallace, Romero, Matheus Henrique e Matheus Pereira, não vejo o setor mais forte em clube nenhum. Porém, é preciso deixar os caras entrarem em forma física e técnica para darem o retorno esperado. E, no ataque, Barreal caiu nas graças da torcida e eu também gostei. Kaio Jorge e Lautaro Diaz também vão encorpar esse ataque. Como é bom ver a China Azul feliz. É uma torcida acostumada a títulos e a representar Minas Gerais para o Brasil e para o mundo. O gigante está de volta e, mais cedo do que imaginávamos, disputando o título do Brasileirão. Que a torcida faça logo o sócio-torcedor, chegue aos 200 mil e ajude seu clube ainda mais. No que depender da gestão, não se preocupem, os homens que conduzem o clube, atualmente, são “brutos”, como gosta de usar o termo o meu amigo Pedro Lourenço. O Cruzeiro voltou ao seu lugar de origem, “surtem ou aceitem”!