Jogadores do Cruzeiro festejam com a torcida celeste ao final de uma partida -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press – 7/7/2024)

Jogadores do Cruzeiro festejam com a torcida celeste ao final de uma partida

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press – 7/7/2024

Cruzeiro e Juventude, no Mineirão, ou “Toca 3”, como preferem os cruzeirenses. Serão mais de 60 mil vozes, empurrando o Cabuloso para mais uma vitória. Depois de ser garfado no sábado, diante do Palmeiras, o time azul vai tentar recuperar o prejuízo.

Como sempre digo, perder um clássico ou ganhar é absolutamente normal e isso não decide campeonato. O que faz uma equipe ganhar a taça é não perder pontos para aqueles que não vão disputá-la e, com todo o respeito, esse é o caso do Juventude, que brigará a competição inteira para não cair. Só que o time gaúcho tem, agora, o melhor treinador da nova geração, Jair Ventura, e isso pode ser um complicador para o Cruzeiro.

Ventura pensa moderno, entende do riscado e faz excelentes trabalhos por onde passa. Não será fácil conseguir a vitória, mas quem quer ser campeão tem que atropelar os adversários.

O árbitro será o mesmo que apitou Criciúma x Flamengo, olho no Maguielson Lima Barbosa (DF). Ele acertou ao marcar a inusitada penalidade, mas será que teria a mesma atitude se o beneficiado fosse o Criciúma?

Os torcedores do Cruzeiro reclamam que Fernando Seabra não põe os contratados para jogar. Calma, gente! Ele treina a equipe todos os dias e sabe quem está em condição de começar, quem pode entrar durante a partida ou mesmo alguns minutinhos. Claro que quando os reforços estiverem prontos, física e tecnicamente, ele vai colocá-los desde o começo.

Seabra faz um trabalho gigante, pois o time tem 29 pontos e um jogo a menos, sendo que o líder, Botafogo, tem 39 pontos. Não pode se distanciar muito, pois depois ficará difícil alcançar. Ainda mais numa competição marcada por erros crassos dos árbitros, normalmente, a favor de Flamengo e Palmeiras. E não adianta mi, mi, mi, porque essa é a realidade que todos enxergamos.

Fosse eu presidente de um dos outros 18 clubes, faria a sugestão de abandonar a competição, e deixar Flamengo e Palmeiras jogando entre si. Não se pode prejudicar 18 equipes, em prol de duas. Há que haver justiça, isenção e transparência na arbitragem. Claro que entendo que ela é péssima e não venal, mas os torcedores desconfiam de algo mais grave, e está no seu direito.

Não entro nesse mérito de “eixo Rio-São Paulo”, porque acho que isso apequena o futebol mineiro. Prefiro entender que há má vontade com as outras equipes, inclusive com Vasco, Botafogo, Fluminense, São Paulo, que são do “eixo” e não são favorecidas. Flamengo, Corinthians e Palmeiras são os “queridinhos dos árbitros” e, na dúvida, pró-réu, e os “réus” são sempre eles.

Não desmereço os plantéis de Flamengo e Palmeiras, e eles não precisam de ajuda. O time carioca, por exemplo, é muito mal treinado por Tite, e tem ganhado seus jogos com a ajuda da arbitragem. No jogo em que perdeu para o Fortaleza, no Maracanã, o árbitro fez o possível e o impossível para que o time carioca empatasse, mas a incompetência do treinador e de seus comandados foi maior. É realmente um escândalo o que acontece com esses assopradores de apito!

Vai aqui um recado para a China Azul. Apoie do começo ao fim, aplauda Seabra e a equipe que começar o jogo e vaie o árbitro, caso ele faça alguma bobagem. O Cruzeiro não precisa de ajuda para ganhar seus jogos, nem tampouco o Juventude. Que o Maguielson apite sem aparecer e que não olhe cor de camisa.

E não me venham dizer que a arbitragem precisa ser profissionalizada no Brasil, pois quem apita 8 jogos, ganha R$ 40 mil mensais. Qual o brasileiro comum que ganha isso por mês? O que falta mesmo é preparo adequado e um chefe da arbitragem de qualidade e personalidade, não o tal Wilson Seneme, que foi um árbitro bem fraquinho.

Que tenhamos um grande jogo e que as 60 mil vozes azuis empurrem o Cabuloso para mais uma grande vitória. Na “Toca 3”, sou mais Cruzeiro.