Botafogo superou tudo e sagrou-se campeão da Copa Libertadores pela primeira vez -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Botafogo superou tudo e sagrou-se campeão da Copa Libertadores pela primeira vez

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Foi sofrido, suado, com um jogador a menos, desde os 45 segundos do primeiro tempo, mas o Botafogo superou tudo e sagrou-se campeão da Copa Libertadores pela primeira vez, conquistando a América. Abriu 2 a 0 na primeira etapa, superando tudo e todos. Sofreu um gol no começo da etapa final, mas conseguiu se segurar, mesmo levando sufoco, e foi premiado com o gol de Júnior Santos, artilheiro da Libertadores, com 10 tentos, fazendo 3 a 1.


Ao Galo resta o consolo de ter chegado à final, pois, em decisão, somente um ganha. Mas é preciso sua gente entender que o time é limitado, tem um técnico confuso e jogadores medianos, exceto o craque Hulk. É preciso repensar muita coisa, deixar de soberba e encarar a realidade. Em duas finais, o time mineiro perdeu as duas, apresentando futebol pobre e fraco.

 


Uma expulsão com 45 segundo do jogador Gregore, muito suspeita e que precisa ser investigada, deixou a torcida do Botafogo arrasada e preocupada. O Atlético estava completo, com um jogador a mais e tinha tudo para mandar no jogo. Mas o que se viu foi bem diferente.

 


O técnico português, Arthur Jorge, não tirou nenhum atacante e pediu para que todos ajudassem na marcação, e continuassem com o plano de jogo. O Galo não conseguia entrar na área alvinegra e se limitava aos chutes de Hulk de fora da área, e aos cruzamentos infrutíferos de Scarpa.


O Botafogo ameaçava um contra-ataque ou outro e, num desses, a bola sobrou para Luiz Henrique fuzilar, sem chances para Everson, que até então não havia feito nenhuma defesa: 1 a 0. O Atlético jogava mal, Milito, mostrando toda a sua incompetência, não mudava a forma de a equipe atuar, e mantinha a mesma toada, de bolas aéreas, que a defesa alvinegra tirava.

 

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Mas o Botafogo era perigoso. Numa bola atrasada pelo Atlético, Arana e Everson ficaram indecisos. Luiz Henrique entrou entre eles e foi derrubado por Everson. Pênalti, claro, que o árbitro fez questão de ignorar, já que foi na cara dele. Mas, o VAR o chamou e, por mais que quisesse, não poderia deixar de assinalar a penalidade. Alex Teles bateu forte e fez Botafogo 2 a 0, para os incrédulos torcedores do Atlético, que viam o bicampeonato cada vez mais distante.

 


O Botafogo manteve a postura séria, competente e a estrutura de jogo, montada por um belo treinador. Segurou o resultado, no primeiro tempo e foi para o vestiário com uma vantagem gigantesca, mesmo com um homem a menos. Quando você tem um time forte – e eu venho dizendo que o Botafogo tem mais grupo, mais time, mais técnico, mais tudo que o Atlético Mineiro –, mesmo com a diferença numérica, você se supera.


O Galo tem jogado mal há tempos e os torcedores fazem questão de não enxergar que o time é limitado e mediano. Mas não havia nada ganho ainda. Faltavam mais 45 minutos e a torcida lançou o velho grito de “eu acredito”.


Vargas entrou e em seu primeiro lance fez o gol. Escanteio batido por Hulk, ele subiu e diminuiu: Botafogo 2 a 1. Era o que a torcida do Galo esperava e a esperança aumentou. O Botafogo era guerreiro, manteve sua postura, sua tática. Claro que a posse de bola adversária era gigantesca, mas o Atlético é um time sem repertório, que conta apenas com a genialidade de Hulk, esse sim, um grande jogador, que luta, toca a bola, chuta em gol, bate escanteio e luta como poucos.


No mais, “chuveirinho” na área e pouca objetividade. Um time mal treinado, que vem mal no Brasileirão, que ilude sua gente. O torcedor do Atlético não gosta de ouvir verdades e acha que tem um supertime, quando, na verdade, tem jogadores medianos. Paulinho some nos grandes jogos. Arana me parece fora de forma. Scarpa só tem aquela jogadinha manjada. Bernard é um a menos em campo.

 

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O tempo foi passando, o Botafogo se segurando como podia. Vargas perdeu dois gols incríveis diante de John. Os “Deuses do Futebol” estavam ali para premiar o melhor time da América do Sul, e não abandonaram o Botafogo. E, já nos acréscimos, Júnior Santos, que entrara no final, arrancou pela direita, passou por dois e cruzou.


A bola rebateu na zaga e sobrou para ele mesmo fazer 3 a 1 e selar o título do time da estrela solitária. O Botafogo é o novo dono da América, e pela primeira vez. Tem um belo grupo, um treinador altamente competente, o português Arthur Jorge, e vai em busca do título do Brasileiro, pois está com três pontos a mais que o Palmeiras. Valeu, Botafogo, campeão de fato e de direito.