KING Saints apresenta a força do lado B do pop em ’Se Eu Fosse Uma Garota Branca' -  (crédito: Divulgação)

KING Saints apresenta a força do lado B do pop em ’Se Eu Fosse Uma Garota Branca'

crédito: Divulgação

KING Saints disponibilizou em todas as plataformas digitais pela Universal Music, via Head Media, o seu primeiro álbum de estúdio, intitulado Se Eu Fosse Uma Garota Branca, que chega com uma temática que explora temas sociais e faz críticas incisivas de uma maneira que só ela sabe ‘como dar o papo’, o projeto, conta com a produção de Marcel e do trio Los Brasileros, responsáveis por trabalhos de nomes como Karol Conká, Carol Biazin, MC Soffia e Bruno Gadiol, além de terem duas vitórias no Grammy, sendo a mais recente com o ícone latino, Karol G.

KING Saints possui indicações ao Grammy Latino por seu trabalho de composição em DOCE 22, de Luísa Sonza (em 2022), e Afrodhit, de IZA (recém-indicada à edição de 2024). Este trabalho conta uma temática que explora temas sociais e faz críticas incisivas ao racismo.

O projeto, conta com a produção de Marcel e do trio Los Brasileros, responsáveis por trabalhos de nomes como Karol Conká, Carol Biazin, MC Soffia e Bruno Gadiol, além de terem duas vitórias no Grammy, sendo a mais recente com o ícone latino, Karol G.

KING Saints é a força do lado B do pop, ou seja, a artista que está por trás da composição de grandes hits, prestigiada e convocada para integrar faixas e álbuns grandiosos como Bombasstic (em que também compartilha os vocais com IZA), tal como Inferno e Você Não Sabe Amar (de Cleo), entre outras. Com 12 anos de carreira, ela é a base da construção musical. E por que não dizer, a dona da voz e da caneta.

Para seu projeto de estreia, KING Saints traz uma narrativa sobre a diversidade, sem deixar de lado a crítica e o humor ácido que vão na raiz do problema. Mulheres negras são referenciais nesta caminhada, mas sua maior inspiração é a avó Iracy, com quem não chegou a conviver, mas diz sentir a força de
sua presença.

"’Se Eu Fosse Uma Garota Branca’ não é apenas um álbum. É um chamado para a reconstrução da identidade em um país marcado pela diversidade, mas também pelo racismo. Eu convido a uma reflexão sobre os atravessamentos do preconceito racial na jornada de jovens artistas e na construção de identidades em um mundo que insiste em nos definir por nossa cor de pele. Este álbum existe porque estive, a vida inteira, cercada por mulheres negras que se esforçam incansavelmente para proporcionar uma vida melhor para si e para os outros. Mulheres que estão na base desta sociedade, que cresceram ouvindo: ‘Você é negra, precisa ser mil vezes melhor para não perder a vaga.’ Mulheres que duvidaram da própria beleza, até mesmo da capacidade de conquistar e merecer as coisas boas da vida", pontua.

KING Saints cita o clássico pop Smile, da cantora e compositora britânica Lily Allen, como uma das grandes referências para a faixa-título e para a construção desta história em audiovisual, dirigido por Léo Ferraz. Gravado em uma clínica desativada em São Paulo, complementa a música com uma estética cuidadosamente planejada. A caracterização da artista, com referências à mulher branca dos anos 1970, foi um processo complexo que envolveu atenção a detalhes que iam desde o cabelo até o tom de pele.

“É uma música que criei para me divertir e trazer alguns temas importantes à tona. Com um toque ácido e descontraído, ela surgiu enquanto eu assistia a um vídeo satírico sobre mulheres brancas tentando fazer ‘contenção de danos’ após um ato de racismo. Você conhece aquele clássico vídeo de desculpas, não é? Elas aparecem com uma blusa branca, rosto sem maquiagem, fundo branco, e sempre soltam a frase emblemática ‘quem me conhece sabe…’ É uma imagem infantilizada, como se fossem crianças de 12 anos que brigaram na escola e os pais as obrigaram a pedir desculpas, sem realmente aprenderem nada. Isso me inspirou a criar essa música”, explica a artista sobre a faixa-título.


“‘Se Eu Fosse uma Garota Branca’ não é o desejo de ser uma, mas sim um acalanto para as mulheres negras que se sentiram isoladas nesse sentimento de impotência. Você não está só, eu não estou só! Não somos todos iguais, e isso é lindo. Somos uma comunidade ancestral”, finaliza.

Ouça: