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Beatriz Bevilaqua
Beatriz Bevilaqua
Jornalista e Comunicadora de Startups. Em 2019 e 2021 foi premiada como Melhor Profissional de Imprensa do Brasil pelo "Startup Awards", maior premiação do ecossistema de startups da América Latina. Instagram @beatrizbevilaqua.
MUNDO STARTUP

O aprendizado que a tecnologia brasileira trouxe da Guatemala

Comitiva brasileira conheceu de perto o mercado da América Central e países do Caribe em evento sobre exportação de serviços tecnológicos

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Quais são os aprendizados que o Brasil, um país de dimensões continentais, pode usar de inspiração a partir das experiências de pequenos países da América Latina e Caribe na tecnologia? O olhar para a internacionalização por meio da exportação de serviços de tecnologia é um dos caminhos apontados por empresários brasileiros que tiveram a experiência de conhecer melhor o cenário caribenho.

Uma comitiva brasileira participou do Build the Future GT 2024, evento de tecnologia realizado na Cidade da Guatemala. Organizado pela Associação Guatemalteca de Exportadores (Agexport) em parceria com a Associação Latino-Americana de Exportadores de Serviços (Ales), o evento reuniu líderes e especialistas de 18 países da América Latina e Caribe para discutir estratégias de exportação de serviços tecnológicos.
 

Em 2023, o setor de TI da Guatemala, por exemplo, registrou exportações de US$ 141,8 milhões, resultado de iniciativas como clusters tecnológicos, zonas francas e incentivos fiscais. Para Rodrigo Martins, CEO do ITH (International Tech Hub), braço de internacionalização da WTM International, empresa focada em exportação e importação de serviços de tecnologia, os países da região possuem uma cultura viva de exportação desde o início dos negócios:

“Conversando com empresas de países como Guatemala e El Salvador, chama a atenção que, por terem mercados internos menores — afinal são países com o tamanho de Santa Catarina, aproximadamente —, elas possuem uma visão de exportação muito clara. Desde o início dos negócios já exportam seus serviços para os outros países da região, além de mercados maiores como México e EUA. No Brasil isso é diferente, a exportação vem mais tarde, e com isso as empresas daqui perdem oportunidades de ganhar em outra moeda e abrir mais portas”, destaca Rodrigo, que esteve no evento representando a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), junto do diretor do Grupo Temático de Internacionalização da entidade e CEO da WTM, Lisandro Vieira.
 

A Acate e a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) são as duas únicas entidades brasileiras filiadas à Ales, o que permitiu a participação na comitiva e a troca de experiências com diversas câmaras de comércio e agências de exportação de países da América Latina. Segundo Rodrigo, além do viés de exportação para a tecnologia brasileira, também foi possível notar o interesse de empresas de outros países em fazerem mais negócios com o Brasil:

“Ao mesmo tempo em que buscamos abrir portas para as empresas do ecossistema de tecnologia de Santa Catarina e do Brasil, entendemos os desejos dessas agências de outros países e quais os entraves que eles encontram para entrar no mercado brasileiro. O Brasil é um país gigantesco e cheio de oportunidades, mas há uma dificuldade de entrada”.
 

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