PBH erra e sai derrotada no primeiro duelo na Câmara
Vice-prefeito Álvaro Damião (União) reclamou de traição, mas não há tempo para amadorismo, especialmente para quem, a partir de hoje (2/1), assume a prefeitura
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A nova gestão Fuad/Damião abriu 2025 com derrota no primeiro e em um dos mais importantes duelos com a nova Câmara de Belo Horizonte. O placar da derrota foi de 23 para a oposição e 18 para os governistas. Membro da chamada família Aro, vereadores ligados ao secretário da Casa Civil de Zema, Marcelo Aro (PP), Juliano Lopes (Podemos) venceu Bruno Miranda (PDT) para presidir a Casa.
A derrota deixará a prefeitura refém novamente no próximo biênio, a exemplo da lição não aprendida nos últimos dois anos, quando Fuad teve a governabilidade ameaçada. O vice-prefeito Álvaro Damião (União) reclamou de traição junto a aliados, mas não há tempo para amadorismo, especialmente para quem, a partir de hoje (2/1), assume a prefeitura.
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Como se viu, nesta quarta (1/1), por meio da posse virtual, a fragilidade do prefeito o obrigará a formalizar a licença médica por um tempo ainda não determinado.
O maior erro da prefeitura e de Damião, que assumiu, há menos de 10 dias, as funções de secretário de Governo (articulação com a Câmara) foi a hesitação em ser ou não ser. Demoraram demais a entrar na disputa, enquanto o rival estava em campanha há mais de um ano. O governo de Fuad e seu líder, Bruno Miranda, ficaram satisfeitos com os projetos importantes aprovados na reta final do ano, mas se esqueceram de fortalecer a articulação política.
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Aliados convenceram o prefeito e o futuro vice a deixarem a ingenuidade de não interferir na disputa, que tem a prefeitura como a principal interessada. O Executivo tem suas armas para entrar numa disputa e, uma vez assim decidido, teria que entrar para valer. A primeira medida é demonstrar interesse pelo resultado. O prefeito demorou a exonerar o secretário de governo, Anselmo Domingos, que, desde a eleição, demonstrava desalinhamento e pouco apetite para o cargo.
Agora, assentada a poeira, Damião deverá buscar a composição com a nova Câmara diante do impasse que foi criado. A oposição tem número suficiente para abrir CPIs e infernizar a vida do prefeito, mas ela nem a PBH têm votos qualificados para aprovar matérias polêmicas (28 dos 41 votos). A previdência municipal, por exemplo, que estava no radar, vai virar uma incógnita.
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O Executivo precisa aprender com os erros consecutivos e fazer articulação política por meio de seu potencial. A avaliação da base é que a oposição vai endurecer o jogo para aumentar a fatura.
Café com biscoito
O café com biscoito continuará sendo servido com capricho na Secretaria de Cultura de Montes Claros, no Norte de Minas, por meio da recondução da titular Júnia Rebello. Com a gestão anterior aprovada, ela foi duplamente premiada pelo prefeito empossado Guilherme Guimarães (União). Além da titularidade, ganhou mais responsabilidade ao atrair para sua pasta o Turismo, antes limitado a uma secretaria da área econômica. “A cultura é maior do que a realização de eventos. Temos que resgatar e valorizar o patrimônio local, trazendo mais identidade com a cidade. A integração com o turismo será importante, um reforça o potencial do outro”, disse ela.