Criado pela Cia. Caxangá, das palhaças Lori Moreira e Mari Carvalho, o projeto percorre centros de Referência e Assistência Social  -  (crédito: Ana Luiza Cosse/Divulgação)

Criado pela Cia. Caxangá, das palhaças Lori Moreira e Mari Carvalho, o projeto percorre centros de Referência e Assistência Social 

crédito: Ana Luiza Cosse/Divulgação

 

O projeto Zona de Riso realiza a etapa final da temporada 2024, a partir desta segunda-feira (25/11) até 18 de dezembro. Criado em 2022 pela Cia. Caxangá, das palhaças Lori Moreira e Mari Carvalho, o projeto tem por objetivo promover, por meio de espetáculos, cortejos, intervenções artísticas e oficinas, a reflexão sobre temáticas do feminino, com foco em mulheres vítimas de violência. As atividades de encerramento são abertas a todos os públicos, sobretudo mulheres e pessoas LGBTQIA+.

 

 


No Dia Internacional de Eliminação da Violência Contras as Mulheres, o projeto inicia as atividades de encerramento do ano no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) Vila Cemig, com uma ação de conscientização sobre o tema e oficina de capoeira angola, a partir de 14h30.

 


A mesma programação segue para o CRAS Granja de Freitas na quarta-feira (27/11), de 14h às 16h, e na quinta (28/11), de 9h às 11h. Em dezembro, o CRAS Vila Califórnia recebe, no dia 2, o espetáculo “Adiante”, da Cia. Caxangá, e no dia 18, a mesma encenação, precedida por um cortejo de palhaças.

 


Desde maio, os CRAS dos bairros Granja de Freitas, Alto Vera Cruz, Vila Cemig e Vila Califórnia têm abrigado ações pontuais do projeto Zona de Riso, abertas ao público.

 


Já nos espaços Casa de Referência da Mulher Tina Martins, Para Elas (Ambulatório Jenny de Faria, do Hospital das Clínicas da UFMG), Casa Abrigo Sempre Viva e aKasulo – Centro de Convivência LGBTQIA+, as ações do projeto seguem, de forma permanente, com intervenções de palhaçaria voltadas para mulheres vítimas de violência. A depender do espaço, semanalmente ou quinzenalmente a Cia. Caxangá visita essas instituições de acolhimento.

 


Lori Moreira destaca que as intervenções trabalham o lúdico, a leveza e a bobagem com o intuito de conectar e dar voz às mulheres. “A gente procura reforçar a identidade de cada uma, para que elas se reconheçam e sejam acolhidas com afeto, respeito e brincadeira, porque o riso, nesse caso, é uma ferramenta maravilhosa de transformação, de catarse mesmo. Ali a gente tenta criar um espaço de confiança e de reverberação do sentir”, diz.

 


As oficinas de capoeira que serão ministradas nesta semana pela capoeirista e musicista Luana Dias atendem a um público diverso. “Luana é nossa parceira há um bom tempo, e o trabalho dela tem uma pegada intergeracional. Ela adapta a atividade de acordo com o perfil dos participantes, então não tem limitação de idade. Tivemos, em outubro, um grupo bem diverso, com mães, filhos e avós participando”, conta.

 


Mudança na atitude

A avaliação que Lori faz do projeto, cuja primeira temporada se estendeu entre 2022 e 2023, é positiva. Ela diz que é possível perceber no corpo e na atitude das mulheres atendidas a diferença que a presença regular da Cia. Caxangá, com as atividades que propõe, faz. “Quando a gente chega, elas estão tímidas, retraídas, e quando a gente acaba, estão visivelmente mais abertas”, diz.

 

 

ZONA DE RISO
Ações de encerramento da segunda edição do projeto, com oficina de capoeira angola, nesta segunda-feira (25/11), às 14h30, no CRAS Vila Cemig (Rua Faisão, 1.071, Flávio Marques Lisboa); oficina de capoeira angola na quarta-feira (27/11), de 14h às 16h, e na quinta-feira (28/11), de 9h às 11h, no CRAS Granja de Freitas (Rua do Grupo, 12, Granja de Freitas); e apresentação do espetáculo “Adiante”, em 2/12, às 14h, e em 18/12, às 13h, precedido por cortejo de palhaços, no CRAS Vila Califórnia (Av. Avaí, 700, Dom Bosco).