O compositor Andersen Viana e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) ganharam um dos mais importantes prêmios da música clássica brasileira, concedido desde 1960 pela Rádio MEC para valorizar novos talentos no cenário erudito, instrumental e infantil.
A obra Teotihuacan, de autoria de Viana, ganhou o prêmio de melhor música clássica, e sua execução pela Orquestra Sinfônica, sob a regência da maestra Lígia Amadio — primeira mulher regente titular da OSMG — recebeu o prêmio de melhor intérprete de música clássica no 21º Prêmio Rádio MEC, a mais antiga emissora de rádio em operação no Brasil. Ao todo, foram 470 inscrições. A premiação também celebrou os 90 anos do maestro brasileiro Isaac Karabtchevsky.
Todas as composições premiadas serão tocadas na programação da emissora pública, no ar desde 1923.
A mesma obra executada pela Sinfônica também ganhou outros cinco prêmios e uma menção honrosa em festivais e concursos internacionais, entre eles o Music Video Awards, o Tracks Music Awards e o New York Nill Gallery, nos Estados Unidos; o Rome International Movie Awards e o Rome Video Awards, na Itália; e ainda uma menção honrosa no Festival Internacional de Cinema de Paris.
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A obra concorreu a todas essas premiações com um vídeo, com captação de som e imagem em alta qualidade, feito pela Mussi Produções, com gravação e edição de áudio de Sérgio Rabello, também músico da Sinfônica.
Para a maestra Amadio, as premiações são fundamentais para o reconhecimento do trabalho da Sinfônica, que concorreu com "centenas de obras e gravações no prêmio Rádio MEC, um dos mais importantes e tradicionais da música brasileira".
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O prêmio coroa, segundo a maestra, um ano de casa cheia, com o teatro do Palácio das Artes sempre lotado durante as apresentações da Sinfônica, que realiza concertos gratuitos e a preços populares todos os meses. Amadio disse ainda que esse "mérito" ela divide com toda a "excelente equipe da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, músicos e pessoal de apoio, e da Fundação Clóvis Salgado (FCS)", que, segundo ela, trabalham "intensamente, com muita vontade e dedicação, para oferecer concertos cada vez melhores, mais atrativos e significativos para a população mineira".
A OSMG é subordinada à FCS.
"E o resultado é que a música clássica em Belo Horizonte tem, a cada dia, mais adeptos. Estamos muito felizes e orgulhosos por ver nossa casa sempre cheia, nossos concertos com vendas esgotadas dias antes de sua realização. Somos muito agradecidos ao público tão caloroso e entusiasmado que nos prestigia", afirma a maestra.
Segundo ela, a Sinfônica de Minas Gerais é uma "orquestra de excelência", e uma das mais produtivas do Brasil. "Por sua vocação e história, atuando como difusora da música erudita e popular, na diversidade de sua atuação em óperas, ballets, concertos sinfônicos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior do estado, foi declarada patrimônio histórico e cultural em 2013", afirma.
A maestra também destaca a importância da OSMG para a cultura mineira. "É crucial, tendo realizado mais de 80 óperas e inúmeros concertos que difundem a música clássica de todos os estilos, assim como a música popular, com ingressos a preços acessíveis ou gratuitos. A orquestra é o equipamento mais democraticamente acessível a toda a população mineira, e em cuja programação se evidencia e se valoriza o artista mineiro", afirma.
Segundo ela, juntamente com o Coral Lírico e o Corpo de Baile, a Fundação tem realizado óperas com temas que enaltecem a cultura mineira. "São projetos de importância capital do atual presidente da Fundação, Sérgio Rodrigo Reis, e do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira", destaca.
A Orquestra Sinfônica foi criada em setembro de 1976 por uma lei estadual aprovada durante o governo de Aureliano Chaves, fruto de um movimento que teve início no começo do século XX com a Sociedade Mineira de Concertos.