'Ainda Estou Aqui' ganhou mais alcance do público depois da edição 2025 do Globo de Ouro -  (crédito: Obeservatório da TV)

O filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, começa a chegar ao circuito internacional ao longo desta semana

crédito: Obeservatório da TV

(FOLHAPRESS) - Após o sucesso no Brasil, "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, começa a chegar ao circuito internacional ao longo desta semana, entrando em cartaz nesta quarta-feira em 200 salas na França com o título "Je Suis Toujours Là".

  

 

Parte das resenhas do filme por lá tem sido elogiosa, mas, por ora, o vespertino Le Monde, que dedicou uma página ao filme brasileiro na sua edição de quarta, fez a crítica mais ácida, em texto assinado pelo crítico Jacques Mandelbaum.

 

 

Ele desaprovou a "focalização melodramática" na figura de Eunice Paiva, que faria o filme "passar com um traço leve demais pela compreensão do mecanismo totalitário". Além disso, a atuação de Fernanda Torres, para Mandelbaum, é "passavelmente monocórdia".

 

 

Para Mandelbaum, a Eunice do filme beira uma representação religiosa demais do sofrimento, sobretudo na comparação com o trabalho de outra brasileira, Sônia Braga, em "Aquarius", de 2016, sobre uma mulher que tenta impedir a demolição do prédio onde mora.

 

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Repercussão na imprensa francesa 

 

O jornal dá ao filme uma estrela, em uma escala que vai até quatro. A revista Télérama, por sua vez, deu ao longa a nota "très bien", muito bem em francês, a segunda maior de uma escala de cinco.

 

Outros veículos franceses também destacaram o longa de forma positiva. O Libération elogiou a força e emoção com que o diretor Walter Salles narra o “luto impossível” vivido pelos Paiva. O Les Échos classificou a obra como “um grande filme impressionista e político”, enquanto o L’Humanité considerou o trabalho de Salles um “drama e thriller político monumental e comovente”.

 

O Sud Ouest destacou a atuação de Fernanda Torres como “um magnífico retrato de Eunice Paiva”, já o Le Point descreveu o filme como uma “obra comovente sobre os anos sombrios do Brasil”. (Com Redação)