Conheça os cinco golpes mais aplicados nas compras de Natal
"Desconfie das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto", diz diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban
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Siga noSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O fim de ano, marcado pelas comemorações de Natal e Ano-Novo, é uma das datas mais esperadas pelos brasileiros. Com o pagamento da segunda parcela do 13º e milhões de consumidores indo às compras, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) diz que é comum quadrilhas especializadas aproveitarem para aplicar mais golpes.
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A federação recomenda que os consumidores escolham sites conhecidos para fazer compras na internet. "Desconfie das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto e pesquise a média de preços em vários sites conhecidos", afirma o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, José Gomes.
Com relação às compras de rua, Gomes diz que é necessário redobrar os cuidados com o cartão. "Passe você mesmo o cartão na maquininha, sempre confira o valor antes de digitar a senha e, ao terminar de realizar uma compra, verifique se o cartão devolvido é realmente o seu", diz.
CONHEÇA OS CINCO GOLPES MAIS APLICADOS NAS COMPRAS DE NATAL
Segundo levantamento da Febraban:
1) GOLPE DAS FALSAS VENDAS
Criminosos montam sites falsos que simulam ecommerce; enviam promoções inexistentes por email, SMS e mensagens de WhatsApp, e criam perfis falsos de lojas em redes sociais.
Se o produto ofertado está com o preço muito abaixo do que é vendido no comércio em geral e se o vendedor está pressionando para fechar uma compra dizendo que ela pode ficar indisponível, a chance de ser golpe é grande.
É necessário tomar cuidado também com fotos e vídeos de antes e depois de produtos com resultados mirabolantes. Lojas que oferecem poucas opções de pagamento e ecommerces recém-criados em redes sociais também podem ser golpes.
Em alguns casos, criminosos clonam sites de varejistas famosos para induzir os consumidores ao erro, colocando uma letra a mais no endereço do site, que muitas vezes fica pouco perceptível ou ainda trocando, por exemplo, uma letra "o" pelo número "0". A recomendação é que o cliente faça sua pesquisa de preços, e quando escolher a loja, digite diretamente o endereço do site na barra do navegador.
2) PHISING
O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing são mensagens e emails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem o consumidor a revelar dados pessoais.
Para evitar cair neste golpe, é recomendado:
Sempre verificar se o endereço da página de internet é o correto; Nunca acessar links ou anexos de emails suspeitos; Manter o sistema operacional e antivírus sempre atualizados.
3) GOLPE DA TROCA DO CARTÃO
Criminosos que trabalham como vendedores prestem atenção quando os clientes digitam suas senhas na maquininha de compra para depois trocar o cartão na hora de devolvê-lo.
Após realizar uma compra, é recomendado conferir se o cartão devolvido é, de fato, seu.
4) GOLPE DA MAQUININHA QUEBRADA
Neste golpe, uma maquininha com o visor danificado é apresentada para que a vítima não veja o preço cobrado na tela. O valor inserido costuma ser superior ao pedido e o cliente só percebe que fez um pagamento maior depois de um tempo.
Para evitar cobranças indevidas, os consumidores não devem aceitar realizar pagamento em máquinas quebradas.
5) GOLPE DO BRINDE
Após descobrirem dados pessoais, quadrilhas de criminosos entram em contato com a vítima e dizem que têm um brinde para entregar e insistem para a pessoa receber o presente pessoalmente.
Os criminosos costumam dar algo para a vítima, mas depois alegam que são prestadores de serviços e que não sabem informações sobre quem realmente pediu para fazer a entrega. Nesse momento, o pagamento de uma taxa, que só pode ser paga com cartão, é requisitado.
Há também a abordagem em que o golpista diz para a vítima que ela precisa fazer uma selfie para receber o brinde. Neste caso, eles utilizam disfarces para que a pessoa não perceba que está em um aplicativo bancário prestes a fazer autenticação biométrica para uma operação de crédito.