A Emtram, responsável pelo ônibus envolvido no acidente que vitimou pelo menos 39 pessoas em Teófilo Otoni, região do Vale do Mucuri, no sábado (21/12) se pronunciou nesta segunda-feira (23/12). Segundo Igor Lopes, advogado da empresa, as famílias estão recebendo todo o apoio necessário.
"É um momento muito difícil e todo suporte é necessário para conectar as familias ao IML e organizar documentação. Quanto mais a gente prolongar, mais dor a gente sente. Então o nosso trabalho é atender as famílias, atender o IML, verificar as necessidades e conectá-los da melhor maneira possivel, oferecendo o máximo de conforto", afirmou Lopes.
Familiares das vítimas comparecem também nesta segunda-feira ao Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte. Até o momento, 12 corpos foram identificados, 5 foram liberados e quatro se encontram no laboratório.
Segundo Lopes, a principal dificuldade no momento é identificar os postos do IML para os quais as famílias das vítimas se dirigiram para contribuir com material genético. Além disso, afirmou que todo o apoio psicológico também está sendo oferecido.
"Hoje, a maior dificuldade que a gente tem é identificar os postos que as famílias já foram, porque isso atrasa o trabalho da PCMG e a gente não consegue dar o suporte adequado para quem está aqui. O trabalho da Emtram está sendo amparar quem precisa. É impossível a gente ter essa organização plena, mas esse suporte a gente vai dar", disse.
Sobre a discrepância no número de vítimas, uma vez que a Emtram divulgou que eram 39 e a Polícia Civil, 41, se deve a possibilidade de esquartejamento dos corpos.
Relembre o caso
Na madrugada de sábado, uma carreta que transportava um bloco de granito se chocou frontalmente com um ônibus de viagem.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), acredita-se que um grande bloco de granito se soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus. Um carro se chocou com a traseira da carreta em seguida, deixando os três ocupantes feridos com lesões consideradas graves. A PRF trabalha com a hipotese que o motorista da carreta fugiu para o Espírito Santo.
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Os corpos chegaram em um caminhão frigorífico na madrugada desta segunda-feira. Uma estrutura de apoio às famílias foi montado na Academia da Polícia Militar, na Gameleira, Região Leste de BH.