Motorista deixou a delegacia na noite desta segunda-feira (23/12) acompanhado de quatro advogados -  (crédito: Rede Imigrantes/Reprodução)

Motorista de carreta deixou a delegacia na noite desta segunda-feira (23/12) acompanhado de quatro advogados

crédito: Rede Imigrantes/Reprodução

O motorista da carreta suspeito de provocar o acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, que causou a morte de 41 pessoas na madrugada de sábado (21/12), foi liberado após prestar depoimento. Ele estava foragido e se entregou à polícia, nesta segunda-feira (23/12), ao comparecer à sede do 15º Departamento de Polícia Civil, no município, acompanhado de advogados.

 

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que havia solicitado a prisão preventiva, mas a Justiça não acatou, pois o motorista não estava mais na condição de flagrante — ou seja, quando a pessoa está cometendo ou acaba de cometer o crime ou a infração, conforme determina o artigo 302 do Código Penal.

 

 

Até o fim da tarde desta segunda-feira, a Polícia Civil contabilizava 14 corpos identificados, sendo que cinco foram retirados pelas famílias. Inicialmente, de acordo com informações do IML de Teófilo Otoni, 36 pessoas morreram instantaneamente no acidente e outras duas tiveram as mortes confirmadas após atendimentos hospitalares, totalizando 38 óbitos. A empresa responsável pelo ônibus, no entanto, retificou esse número ao informar os nomes de 39 mortos (veja a lista aqui). Nesse domingo (22/12), o quantitativo foi novamente atualizado pela PCMG, quando a instituição comunicou a chegada de 41 corpos ao IML da capital.


  

Para a Polícia Civil, a principal hipótese para o acidente é que houve o tombamento do semirreboque da carreta que transportava um bloco de granito, o que fez um ônibus com 45 ocupantes, trafegando no sentido contrário, colidir de frente com a rocha, causando um incêndio. Em seguida, um automóvel Fiat Argo, que seguia logo atrás, também bateu na carreta, deixando os três ocupantes gravemente feridos.

 

“Essa é a situação mais provável, mas todas as informações, imagens e relatos de feridos estão sendo colhidos. A informação inicial das testemunhas feridas no carro de passeio era de que o pneu do ônibus teria estourado”, explicou o delegado e porta-voz da Polícia Civil de Minas, Saulo Castro.  

 

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Todas as vítimas que morreram estavam dentro do ônibus, incluindo o motorista. Dos 44 passageiros, 21 iriam para Vitória da Conquista, 12 para Santa Inês e 11 para Elísio Medrado, a parada final. Todos embarcaram em São Paulo.

 

Em nota, a Emtram, empresa responsável pelo ônibus, lamentou a tragédia e disse que o coletivo trafegava em condições regulares, pois "estava com sua revisão em dia, pneus novos e possuía sistema de monitoramento". "A Emtram está à disposição das autoridades e colaborando com toda a investigação", informou.