Na véspera do Réveillon, um dos pontos mais icônicos de Belo Horizonte, a Lagoa da Pampulha voltou a ser alvo de críticas nesta quarta-feira (25/12) devido ao mau cheiro e ao acúmulo de entulho nas margens. O local, que integra o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade, enfrenta problemas ambientais recorrentes, que foram tema de debates nas últimas eleições municipais.
“Na altura do Bairro Bandeirantes, o odor está muito forte”, relatou uma moradora que passava pelo local e gravou um trecho da Lagoa.
A Lagoa da Pampulha recebe águas de oito córregos: Ressaca, Sarandi (os principais), Bom Jesus (Água Funda), Braúnas, AABB, Olhos d'Água, Mergulhão e Tejuco. Os córregos Braúnas e Bom Jesus convergem na Região da Enseada do Zoológico, onde o impacto ambiental é mais perceptível.
O que diz a Prefeitura de BH?
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que realiza ações diárias para a manutenção e proteção da Lagoa. Em média, são retiradas cinco toneladas de lixo flutuante por dia durante a estiagem, e esse número chega a 10 toneladas no período chuvoso.
De acordo com a PBH, “ações contínuas incluem o tratamento das águas do reservatório, a limpeza do espelho d’água e o desassoreamento, com a retirada anual de milhares de metros cúbicos de sedimentos do fundo do lago”.
Além disso, a administração municipal monitora o cumprimento de um acordo judicial pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que prevê a coleta e o tratamento adequados de esgoto na Bacia da Pampulha. Até junho de 2024, 3.773 ligações de esgoto foram realizadas, correspondendo a 38% da meta estabelecida.
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Confira nota da PBH na íntegra
“A Prefeitura de Belo Horizonte informa que implementa ações permanentes o objetivo de reabilitação e proteção da Lagoa da Pampulha. Entre as ações de caráter contínuo, diariamente, estão os serviços de tratamento das águas do reservatório e a retirada do lixo sobrenadante com a limpeza do espelho d'água, além das ações de desassoreamento, com a retirada anual de milhares de metros cúbicos de sedimentos do fundo do lago. O volume de lixo flutuante recolhido diariamente corresponde, em média, a 5 toneladas durante o período de estiagem e a 10 toneladas no período chuvoso.
São oito córregos que deságuam na Lagoa da Pampulha, a saber: Ressaca e Sarandi os principais, Bom Jesus (Água Funda), Braúnas, AABB, Olhos d'água, Mergulhão, Tejuco, sendo que o Braúnas e o Bom Jesus (Água Funda) se juntam na área da Enseada do Zoológico. Além do serviço de limpeza do espelho d'água com retirada do lixo sobrenadante, são também contínuos os serviços de tratamento das águas e de manutenção da orla, além das ações de desassoreamento, com a retirada anual de milhares de metros cúbicos de sedimentos do fundo do lago.
A PBH vem atuando no sentido de assegurar que a COPASA cumpra o acordo judicial firmado no âmbito da Justiça Federal, através do qual a concessionária está obrigada a viabilizar os investimentos e a implementar as ações para que, no prazo de até 5 anos, a totalidade dos esgotos da Bacia da Pampulha seja adequadamente coletada e tratada, impedindo a ocorrência de lançamentos in natura nos córregos e, por consequência, na Lagoa.
Entre as ações de caráter contínuo, diariamente, estão os serviços de tratamento das águas do reservatório e a retirada do lixo sobrenadante com a limpeza do espelho d'água, além das ações de desassoreamento, com a retirada anual de milhares de metros cúbicos de sedimentos do fundo do lago. O volume de lixo flutuante recolhido diariamente corresponde, em média, a 5 toneladas durante o período de estiagem e a 10 toneladas no período chuvoso.
Segundo dados constantes do último Relatório Trimestral do Plano de Ação em execução pela COPASA na Bacia da Pampulha, de janeiro/2022 até junho/2024, 3.773 ligações de esgotos foram executadas, o que corresponde a 38% da meta de 9.759 ligações previstas no Plano (2.721 em BH e 7.038 em Contagem). Desse total, 1.043 ligações foram executadas em Belo Horizonte. O Plano de Ação da Copasa vem sendo monitorado pela equipe técnica da Diretoria de Gestão de Águas Urbanas da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura – DGAU/SMOBI, por meio de reuniões e de relatórios de acompanhamento.”
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